Aditivo alimentar vetado em países como Europa é permitido no Brasil

O que comemos está "quase certamente" nos deixando doentes.

A Europa acaba tendo uma regulamentação alimentar mais rígida do que no Brasil e os Estados Unidos, tanto que o “dióxido de titânio” é proibido no continente europeu, embora seja autorizado no nosso país.

Esse mineral é utilizado em cosméticos e alimentos, além de servir como pigmento em outros materiais. A indústria de papel, tinta, fibra, cerâmica e borracha, por exemplo, faz uso do composto para tornar seus produtos mais brilhantes, opacos e brancos.

A organização Europeia teme pela genotoxicidade das nanopartículas de “dióxido de titânio”, cuja ingestão pode danificar o DNA e causar mutações celulares que, por sua vez, podem desencadear o câncer. Além disso, um estudo realizado com animais evidenciou que o aditivo pode causar lesões no intestino.

Além do dióxido de titânio

  • Azodicarbonamida

Embora seja permitido em quantidades controladas nos Estados Unidos, Brasil, Canadá e China, a azodicarbonamida é proibida na União Europeia quando se trata do preparo de alimentos.

A pesquisa estabeleceu uma ligação direta entre a exposição à azodicarbonamida e o aparecimento de asma. De acordo com um relatório de acompanhamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição ocupacional regular à azodicarbonamida pode levar a asma e alergias. O relatório da OMS observa que muitos daqueles que desenvolveram asma e outras complicações respiratórias apresentaram sintomas em apenas três meses após a exposição.

  • Uso de agrotóxicos

A Anvisa informou que, desde 2019, 37 agrotóxicos registrados no Brasil estão proibidos na UE e nos EUA por conta de seus potenciais efeitos tóxicos à saúde. Quando considerados os ingredientes ativos, o número sobe para 44% dos 475 agrotóxicos registrados no país em 2019.

Um estudo recente publicado na revista Public Health constatou que cerca de 385 milhões de pessoas envolvidas com a agricultura sofrem intoxicação aguda por pesticidas todos os anos, incluindo cerca de 11.000 mortes. Os sintomas relatados pelos trabalhadores rurais e agricultores incluem fraqueza, dores de cabeça, vômitos, diarreia, erupções cutâneas, distúrbios no sistema nervoso e desmaios. Em casos mais graves, o coração, os pulmões ou os rins podem ser afetados de maneira significativa.

Apesar de sermos uns dos lideres na produção agrícola, o maior número de casos de intoxicação por agrotóxicos está no sul da Ásia, seguido pelo sudeste da Ásia e leste da África, mas o que não exclui os casos de enfermidades registrados no Brasil.

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