Adolescentes que dormem tarde têm um desenvolvimento cerebral diferente

Adolescentes costumam ser desleixados quanto a sua própria saúde e isso inclui os hábitos de sono, por exemplo. Afinal, quem não conhece um jovem entre 12 e 17 anos que está sempre disposto a virar a noite? O que eles não sabem é que existem muitos malefícios nesse hábito, como mostra esse novo estudo que analisa o cérebro de adolescentes que dormem tarde.

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Como a falta de sono afeta o cérebro de adolescentes

O sono é de fundamental importância para a vida de todos os seres humanos, mas tem maior atuação em crianças e adolescentes, visto que eles estão em fase de desenvolvimento. Mas poucos adolescentes entendem essa importância e dormem pouco, o que pode ser bastante prejudicial para o cérebro.

Segundo essa pesquisa publicada no Journal os Child and Psychiatry, há mais perigo na privação de sono em adolescentes do que imaginamos. Isso porque foi possível perceber que a massa branca do cérebro de um adolescente que dorme pouco se desenvolve em menor proporção do que aqueles que dormem de forma regular.

Com isso, os pesquisadores sugerem que a privação de sono seja um dos principais fatores capaz de fazer com que o adolescente se sinta menos dispostos mentalmente. Sem falar que até mesmo o humor de constante irritação pode ser um dos fatores que sofre mais impacto das poucas horas de sono.

Portanto, esse estudo é um caminho para entender o porquê dos adolescentes terem maior propensão a quebrar as regras, desenvolver comportamentos anti-sociais e até mesmo serem mais agressivos. Ademais, não foi possível identificar como isso poderia afetar casos de ansiedade, por exemplo.

Como a tecnologia atrapalha o sono dos adolescentes

Por meio da pesquisa também foi possível entender que um dos fatores que mais induzem jovens dessa geração a dormir pouco é a tecnologia. Afinal, as telas dos aparelhos eletrônicos possuem grandes efeitos sobre a produção de dopamina, que é o hormônio responsável pela regulação do sono.

Como todos nós sabemos, os adolescentes tendem a ser mais atraídos pelos aparelhos celulares, computadores e televisores. Mas os estudos demonstram que esse hábito pode ser extremamente perigoso, especialmente para os adolescentes que precisam de mais tempo de descanso para mais desenvolvimento cerebral.