“Eleites”, uma forma de dizer “eleitos”: conheça a linguagem neutra utilizada pelo site Agência Brasil

A linguagem neutra está em alta, como forma de defesa aos direitos dos LGBTQIA+. Agora, o site estatal também faz uso da neutralização.

A linguagem neutra, também conhecida como linguagem não binária, foi adotada pelo site Agência Brasil, do governo federal. Isso acontece quando fazemos uso da letra “e” no lugar dos artigos no feminino e no masculino.

A neutralização linguística, em forma de política em defesa aos direitos dos LGBTQIA+, tem sido abordada cada vez mais por governantes. Sendo assim, durante suas posses, alguns dos ministros do governo Lula já começaram a usar a linguagem neutra em seus discursos.

Aconteceu, por exemplo, com o uso de “todas, todos e todes”, na posse do novo ministro da Fazenda. Os titulares da Secretaria-Geral do Governo, do Ministério das Relações Internacionais, da Cultura e o dos Direitos Humanos e da Cidadania também fizeram uso da linguagem não-binária.

Agência Brasil usou título com ‘eleites’

“Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília”, informou o título da matéria, que fazia referência aos eventos do mês de janeiro, entre os dias 20 e 21, quando os deputados LGBTQIA+ estavam cotados para assumir suas posições na política.

Ao fim do texto, a Agência Brasil informou que a reportagem foi escrita na linguagem neutra conforme foi orientado por Carolina Iara (PSOL-SP): “A pedido des parlamentares eleites, a repórter utilizou o gênero neutro nas construções das frases”, dizia a matéria.

Por não ter tanto contato com as políticas do pronome neutro, a reportagem fez referência ao pronome feminino ao tratar das deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Dura Salabert (PDT-MG), assim como Carolina Iara.

Linguagem neutra

Tem-se optado pela linguagem neutra como forma de política para as pessoas que não se identificam com os gêneros masculino e feminino. São muitas as críticas abordadas com base na norma culta da língua portuguesa por não reconhecer a linguagem como opção gramatical.

Apesar disso, tem-se utilizado a linguagem não-binária em diversos locais. Agora, inclusive, seu uso tem sido aberto para debates por meio dos políticos.

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