Água dentro de esferas de vidro na Lua é descoberta por cientistas

As amostras de vidro multicoloridas e brilhantes foram coletadas e trazidas para a Terra pela China em 2020.

Recentemente, cientistas chineses descobriram uma nova e renovável fonte de água na Lua. Isso foi possível após amostras lunares coletadas pela missão Chang’e-5, que sugerem seu potencial de uso por “futuros exploradores” do satélite.

Segundo estudo publicado na última segunda-feira (28) pela revista Nature Geoscience, a água estava dentro de pequenas esferas de vidro, formadas por colisões violentas de rochas espaciais com a superfície lunar. A quantidade de água armazenada em esferas por toda a Lua é estimada em 270 trilhões de quilos.

As amostras de vidro multicoloridas e brilhantes foram coletadas e trazidas para a Terra pela China em 2020. Dessa forma, o estudo mostra o contrário de outras missões das últimas décadas, que afirmavam que o satélite seria desprovido de água.

O estudo da Academia Chinesa de Ciências analisou cerca de 117 esferas coletadas na superfície da Lua em 2020 durante a missão lunar do país asiático Chang’e 5. A Lua é bombardeada por meteoritos minúsculos, o que resulta na formação das esferas. Com isso, o calor gerado derrete o material da superfície adjacente, que resfria posteriormente nas partículas.

Como são formadas as moléculas de água?

O vento solar é um fluxo de partículas carregadas emitidas da atmosfera do Sol pelo sistema solar. Conforme o coautor do estudo Mahesh Anand, da Open University do Reino Unido, o hidrogênio necessário para produzir as moléculas de água vem dos ventos solares. O impacto dos meteoritos e a interação constante do vento solar na superfície lunar sugerem que esse processo poderia produzir água constantemente.

Essa água pode ser extraída pelo aquecimento das esferas, possivelmente por futuras missões robóticas. Porém, são necessários mais estudos para determinar se isso seria viável e, em caso positivo, se a água seria segura para beber. Assim, outros planetas e corpos do sistema solar, como Mercúrio, também poderiam ter essa água gerada.

A NASA pretende enviar astronautas até o final de 2025 novamente à Lua. Essa missão deve se concentrar no polo sul do satélite, onde se acredita que as crateras estariam cheias de água congelada.

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