Gigante explosão de raios gama é detectada no espaço

Acadêmicos da Universidade de Leicester, no Reino Unido, disseram que esse GRB foi dez vezes mais brilhante que qualquer outro detectado anteriormente.

Fonte: NASA/SWIFT/A. BEARDMORE (UNIVERSIDADE DE LEICESTER)

A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, detectou a mais brilhante explosão de raios gama no espaço. Uma explosão de raios gama (GRB – Gamma-ray burst, em inglês) é um evento astronômico extremamente poderoso que emite uma quantidade enorme de radiação em um curto período de tempo.

Acadêmicos da Universidade de Leicester, no Reino Unido, disseram que esse GRB foi dez vezes mais brilhante que qualquer outro detectado anteriormente. Divulgaram uma análise detalhada da poderosa explosão, detectada em outubro de 2022.

A explosão foi nomeada de GRB 221009A e apelidada de BOAT — sigla para Brightest Of All Time, ou “A Mais Brilhante de Todos os Tempos” — por aqueles que trabalham em uma missão chamada Swift.

Phil Evans, astrônomo de raios X que lidera o projeto Swift na Universidade de Leicester, no Reino Unido, disse que testemunhar o fenômeno “foi muita sorte”.

“Ao estudar a evolução deste GRB incrivelmente brilhante em detalhes, podemos aprender muito sobre a física de uma onda de choque”, disse o especialista.

A equipe de pesquisadores detalhou que o Observatório Neil Gehrels Swift, um telescópio de satélite projetado para estudar os GRBs do espaço, foi inicialmente incapaz de observar a explosão porque a Terra estava obstruindo a visão. Entretanto, 55 minutos depois, quando a órbita do satélite permitiu uma visão clara do GRB, os sistemas fizeram a detecção das imagens.

Explosões de raios gama

Quando uma estrela se esgota de seu combustível nuclear, ela pode colapsar e produzir uma supernova, uma explosão estelar extremamente poderosa. Em alguns casos, a energia da supernova pode ser tão grande que gera um feixe de raios gama altamente direcional, expelido do núcleo da estrela em uma velocidade próxima à da luz.

Essas explosões são as mais violentas do Universo, liberando mais energia do que o Sol gera em 10 bilhões de anos. O primeiro GRB foi detectado no final dos anos 1960 por um satélite que buscava violações soviéticas.

Andy Beadmore, pesquisador que também integra a equipe Swift da Universidade de Leicester, conta que “esses padrões não são apenas bonitos, mas também são úteis cientificamente”.

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