Air fryer espiã? Modelos Xiaomi e Aigostar estariam coletando dados sem avisar usuários
Organização britânica revela que air fryers inteligentes podem estar coletando dados pessoais de usuários sem transparência.
Recentemente, a organização britânica Which? revelou uma preocupante descoberta sobre air fryers inteligentes da Xiaomi e Aigostar. Esses dispositivos, populares por sua praticidade na cozinha, estariam coletando dados pessoais dos usuários sem o devido conhecimento.
A investigação destaca a crescente preocupação com a privacidade em dispositivos domésticos, sobretudo em tempos de inteligência artificial.
Os modelos analisados solicitam permissões inusitadas, como gravação de áudio e localização exata, levantando questões sobre a finalidade dessas informações.
A Xiaomi e a Aigostar, marcas envolvidas, estão sob investigação devido à falta de clareza sobre como utilizam os dados acumulados dos consumidores.
A situação torna-se ainda mais complexa, pois os dados coletados são enviados para servidores na China. Com isso, aumenta o alerta sobre a segurança e privacidade dos usuários, principalmente em tempos de crescente digitalização dos lares.
Air fryers espiãs
Durante os testes, as air fryers exigiram acesso a dados sensíveis, como gravação de áudio e localização. O aplicativo da Xiaomi conectou-se automaticamente a rastreadores de grandes plataformas, como Facebook e Google, sem a devida explicação.
Ambas as marcas direcionam os dados coletados para servidores na China, conforme seus avisos de privacidade. A Aigostar ainda solicitou informações adicionais, como gênero e data de nascimento, aumentando o escopo de coleta de dados.
A Xiaomi respondeu às acusações, negando a venda de informações pessoais a terceiros. A companhia afirmou que a gravação de áudio no aplicativo não está relacionada à operação da air fryer, mas o esclarecimento não diminuiu a preocupação dos usuários.
Impacto na confiança dos consumidores
A pesquisa da Which? desencadeou um debate sobre a transparência das empresas de tecnologia. Muitos consumidores agora questionam a confiança depositada nos dispositivos inteligentes que adentram seus lares, exigindo mais clareza e proteção de dados pessoais.
Harry Rose, representante da Which?, destacou que a prática de coleta de dados ocorre com pouca ou nenhuma transparência, expondo os riscos associados à tecnologia inteligente.
As descobertas reforçam a necessidade de um consumo mais crítico e informado desses dispositivos, cada vez mais presentes nos lares de milhares de pessoas.
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