ALERTA: fumaça das queimadas prejudica pulmões, coração e cérebro

A fumaça das queimadas pode provocar danos graves e duradouros no corpo humano.

A fumaça das queimadas florestais, além de impactar o meio ambiente, carrega uma série de riscos significativos para a saúde humana.

Formada pela queima de vegetação, a fumaça contém partículas finas e gases tóxicos que atingem o organismo de várias maneiras, provocando desde problemas respiratórios até danos neurológicos e cardiovasculares.

A exposição frequente ou intensa a essa poluição pode resultar em complicações graves e, em alguns casos, permanentes.

Quais os efeitos da fumaça das queimadas para o organismo?

Os pulmões são os primeiros a sofrer

Ao respirar a fumaça das queimadas, as partículas tóxicas entram diretamente no sistema respiratório, causando uma série de problemas.

Um dos maiores vilões é o PM2.5, uma partícula microscópica que consegue penetrar profundamente nos pulmões.

Tais partículas irritam os brônquios e podem desencadear doenças respiratórias, como asma, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Além disso, a exposição contínua pode reduzir a capacidade dos pulmões de eliminar o ar, levando a uma sensação constante de cansaço e falta de ar.

Estudos indicam que até mesmo exposições curtas, em áreas de alta concentração de fumaça, conseguem causar inflamação nos pulmões e contribuir para o desenvolvimento de doenças pulmonares intersticiais, que deixam cicatrizes no tecido pulmonar, comprometendo sua função ao longo do tempo.

Sistema cardiovascular e fumaça não são uma boa combinação

A inalação das partículas tóxicas da fumaça também coloca o sistema cardiovascular em risco.

As toxinas presentes na fumaça entram na corrente sanguínea através dos pulmões e podem desencadear inflamações, aumentando o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Pessoas com doenças cardíacas pré-existentes estão mais vulneráveis, já que o esforço adicional para o coração pode ser fatal em situações de alta exposição à fumaça.

Um estudo realizado em áreas com alta concentração de fumaça de queimadas mostrou um aumento nas internações hospitalares por problemas cardíacos, confirmando a ligação entre a poluição da fumaça e complicações cardiovasculares.

Efeitos neurológicos

Pesquisas recentes têm destacado que a fumaça das queimadas pode, além dos danos imediatos, causar impactos no cérebro.

Embora o cérebro tenha uma barreira natural de proteção, conhecida como barreira hematoencefálica, ela não é completamente impermeável. As partículas ultrafinas da fumaça podem atravessá-la, chegando ao tecido cerebral. Uma vez no cérebro, tais partículas conseguem provocar inflamações e danos celulares.

Estudos com animais expostos a incêndios florestais mostram que, a longo prazo, a inalação de fumaça contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência, além de prejudicar a função cognitiva e a memória.

Sistema imunológico em alerta

Outra função fortemente afetada pela exposição à fumaça é o sistema imunológico. Pesquisas com animais demonstram que a exposição prolongada à fumaça prejudica a resposta do organismo a infecções, especialmente as bacterianas.

Isso acontece porque a fumaça provoca uma inflamação crônica que enfraquece a capacidade das células de defesa de reagir de modo adequado.

Tal efeito é especialmente preocupante em crianças, idosos e gestantes, que já possuem um sistema imunológico mais fragilizado.

Cuidados e prevenção

A prevenção é essencial para reduzir os impactos da inalação da fumaça. O uso de máscaras N95, que bloqueiam até 95% das partículas finas, é altamente recomendado em regiões afetadas por queimadas.

Além disso, é importante evitar atividades físicas ao ar livre durante períodos de alta concentração de fumaça, manter-se hidratado e, sempre que possível, permanecer em ambientes fechados com purificadores de ar.

As autoridades de saúde também recomendam o monitoramento constante da qualidade do ar. Aplicativos e monitores portáteis de qualidade do ar auxiliam a população a tomar decisões informadas sobre a exposição à poluição, ajudando a minimizar os riscos.

*Com informações de National Geographic, CNN e Metro World News.

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