Alerta vermelho: Temperatura dos oceanos está alta e preocupa cientistas

Temperatura dos oceanos subiu por 42 dias sem interrupção. Situação é considerada alarmante.

Não é de hoje que cientistas e entidades ambientais têm alertado quanto às altas temperaturas da Terra. No último mês, um novo fenômeno chamou a atenção de cientistas e acendeu um alerta vermelho: a temperatura superficial dos oceanos chegou a níveis alarmantes.

De acordo com o site Climatempo, estas foram as temperaturas mais altas já observadas na superfície dos oceanos desde 1981. Houve aquecimento ininterrupto por 42 dias seguidos.

O fenômeno está se antecipando à formação do El Niño, previsto para a segunda metade do ano. Ele, sozinho, já aumenta as temperaturas em todo o planeta. Por isso, cientistas se preocupam em como será a situação quando ele, de fato, dar as caras.

Temperatura dos oceanos alta na superfície e além

As altas temperaturas dos oceanos, por si só, já preocupam os cientistas. No entanto, uma análise mais profunda – literalmente – os deixou com os cabelos em pé por mais tempo.

As águas mais profundas – em até 2 km da superfície – também mostraram aquecimento. Em 2022, os termômetros subiram em temperatura recorde, jamais vista antes.

Isso é um problema, porque pode alterar significativamente as correntes que distribuem o calor para as outras partes da Terra. Além disso, pode alterar comportamento e rotina das espécies que vivem ali. Algumas podem até morrer.

Regiões em amarelo e laranja mostram aumento da temperatura dos oceanos | Foto: NOAA – Reprodução/Climatempo

Pulmão do mundo

Os oceanos absorvem cerca de 90% dos gases de efeito estufa gerados pelos seres humanos na queima de combustíveis fósseis e no desmatamento. Desta forma, o super aquecimento das águas marinhas está impactando diretamente neste ciclo.

Um estudo chinês, datado de janeiro de 2023, chegou a esta conclusão. Além disso, cientistas apontaram que isso está alterando a salinidade em diferentes corpos de água do Pacífico Norte, passando pelo Mar Mediterrâneo e até os oceanos do Sul do mundo.

Estes fenômenos, para os cientistas, deixam claro que o mundo está aquecendo mais rapidamente do que as previsões mais pessimistas apontavam.

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