Aliadas contra o efeito estufa, bactérias podem salvar o planeta

Descubra como bactérias encontradas a 1.250 metros de profundidade podem transformar CO₂ em cristais, oferecendo uma nova estratégia contra o efeito estufa.

No vasto e ainda largamente inexplorado subsolo de nosso planeta, pesquisadores fizeram uma descoberta revolucionária que poderia se tornar uma poderosa aliada no combate ao efeito estufa: bactérias capazes de transformar dióxido de carbono (CO₂) em cristais. Localizadas a uma impressionante profundidade de 1.250 metros, essas bactérias, encontradas em laboratórios subterrâneos nos Estados Unidos, representam uma nova esperança na busca por soluções eficazes para mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

A pesquisa, conduzida por uma equipe da Soeder Geoscience e da Escola de Minas e Tecnologia da Dakota do Sul, identificou quatro espécies bacterianas com essa incrível capacidade, destacando-se uma espécie de bacilo. Essas bactérias mostraram-se não apenas capazes de sobreviver, mas também de prosperar sob condições extremas de pressão e temperatura, semelhantes às encontradas em reservatórios subterrâneos de petróleo e gás.

O processo de transformação do CO₂ em cristais de carbonato ocorre através da ação de uma enzima chamada anidrase carbônica, que catalisa a reação entre o CO₂ e a água. Este processo não apenas sequestra o CO₂ de forma permanente, evitando sua liberação na atmosfera, mas também resulta na formação de cristais de carbonato sólido, que têm o potencial de servir como uma barreira natural, impedindo o vazamento de líquidos e gases de poços de petróleo e gás abandonados.

Apesar do entusiasmo que esses resultados geram, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para compreender completamente o potencial e as limitações desse método. Além disso, ressaltam que, embora a descoberta ofereça uma nova ferramenta na luta contra as mudanças climáticas, não substitui a urgência de reduzir as emissões de CO₂ através de mudanças nos padrões de consumo e produção de energia.

Essa descoberta sublinha a importância da pesquisa científica em revelar soluções inovadoras para os desafios ambientais. Ao mesmo tempo, destaca o potencial inexplorado do mundo subterrâneo em oferecer respostas para algumas das questões mais evidentes da nossa época.

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