Anvisa sinaliza positivamente para registro de kit de detecção da febre maculosa

A agência informa que, apesar da disponibilidade, é recomendado que os testes sejam feitos diretamente por profissionais da área de saúde.

Um novo produto para identificação e diagnóstico da febre maculosa foi recentemente registrado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, este kit é o segundo no Brasil com essa finalidade específica.

Ele utiliza a técnica PCR, que permite a detecção do material genético das bactérias transmitidas pelo carrapato-estrela, principal vetor dessa doença.

De acordo com as diretrizes estabelecidas pela Anvisa, a realização do teste para detecção da febre maculosa deve ser conduzida exclusivamente por profissionais da área de saúde, com especialização em biologia molecular.

Mais detalhes sobre a febre maculosa

É importante ressaltar que a transmissão da doença ocorre mediante a picada do carrapato-estrela infectado, não sendo transmitida diretamente de pessoa para pessoa ou por meio do contato com animais contaminados.

Os seres humanos são frequentemente considerados hospedeiros acidentais do carrapato, enquanto os equídeos, como cavalos, são os hospedeiros preferidos da bactéria responsável pela febre maculosa. No entanto, a doença também pode afetar bovinos, animais domésticos e animais silvestres.

Além da febre, os sintomas comuns incluem dores de cabeça e musculares, mal-estar, náuseas, vômitos, manifestações hemorrágicas e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. É importante estar atento a esses sinais para buscar o diagnóstico e o tratamento adequados.

De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil notificou mais de 2 mil casos de febre maculosa entre janeiro de 2013 e 14 de junho de 2023. Somente em 2023, foram registradas oito mortes no país.

A Região Sudeste concentrou a maioria dos casos, totalizando 1.292 ocorrências. Neste ano, foram registrados 53 casos em todo o país, sendo 30 deles no Sudeste.

Quanto aos óbitos relacionados à “doença do carrapato”, o país contabilizou 703 mortes desde 2013, sendo 623 delas na Região Sudeste. Até 14 de junho de 2023, foram registrados oito óbitos no Brasil, todos no Sudeste.

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