Beethoven: estudo de DNA indica questões no fígado e possível infidelidade na família

O famoso compositor alemão Ludwig van Beethoven teve seu DNA recuperado a partir de mechas de cabelo. O trabalho foi feito por uma equipe de mais de 30 cientistas, que fez o sequenciamento do genoma (conjunto de genes no DNA).

A partir da análise, eles perceberam que o compositor tinha uma predisposição ao desenvolvimento de doenças hepáticas, além de fatos curiosos sobre sua família. Saiba mais sobre as curiosidades envolvendo a análise do DNA de Beethoven a seguir:

O que o DNA de Beethoven revela sobre a vida do compositor?

Beethoven foi um dos mais famosos compositores nascidos no século XVIII e é estudado até hoje. Com uma pesquisa sobre seu DNA, cientistas descobriram que ele tinha propensão genética ao desenvolvimento de doenças hepáticas.

A provável causa da morte de Beethoven, segundo historiadores, seria uma infecção por hepatite B, combinada ao seu consumo de álcool e sua predisposição para doenças no fígado, culminou para o agravo e a morte do compositor.

Parceria entre laboratórios mundiais

A pesquisa ocorreu em parceria com cientistas da Inglaterra e da Alemanha, com foco em descobrir informações sobre a vida de Beethoven a partir de seu DNA. As análises revelaram alguns fatos curiosos sobre a vida de sua família, indicando que alguns de seus parentes poderiam ter sido fruto de relações fora do casamento.

A principal suspeita é que o seu pai, Johann van Beethoven, não era filho biológico do seu avô, com a ausência do registro de batismo fortalecendo a teoria.

Mechas de cabelo revelaram o DNA

Ao total, os cientistas analisaram 8 mechas de cabelo. Delas, 3 não pertenciam verdadeiramente ao compositor, com apenas 5 sendo estudadas. Uma provável intoxicação por chumbo foi detectada com base em estudos com essas mechas de cabelo.

Beethoven ficou surdo

Por volta dos seus 20 anos, Beethoven começou a apresentar sinais de surdez. Graças às análises de seu DNA, foi possível excluir a teoria de que sua surdez tinha uma base genética, quando os cientistas perceberam que algumas mechas de cabelo pertenciam a uma mulher.

O líder da pesquisa foi o geneticista Tristan Begg, da Universidade de Cambridge, que descobriu ainda problemas intestinais como mais um problema de saúde do compositor alemão.