Arquipélago de Abrolhos – Localização e Dados Geográficos
Formado por cinco ilhas, o Arquipélago de Abrolhos pertence ao estado da Bahia e é tido como uma das paisagens naturais mais encantadoras do Brasil.
As ilhas dos Abrolhos, vistas de uma certa distância, são de um verde brilhante
A frase acima foi dita por Charles Darwin, em 29 de março de 1832. Ainda hoje, quase 200 anos depois, é necessário concordar com o naturalista.
O mar esverdeado, assim como as riquezas naturais abundantes e os animais típicos da região, a exemplo da temporada das famosas baleias-jubarte, fazem com que, todos os anos, milhares de turistas desembarquem em território baiano.
Dados geográficos
O Arquipélago de Abrolhos se localiza no oceano Atlântico, a cerca de 70 km do largo de Caravelas, estado da Bahia. As ilhas que o compõem ficam distribuídas em uma área aproximada de 910 km².
A propósito, o arquipélago é formado por um conjunto de cinco ilhas: Ilha Santa Bárbara, Ilha Redonda, Ilha Guarita, Ilha Sueste e Ilha Siriba. Esta última é a única a permitir desembarque e visitação de turistas.
O local foi batizado pelos navegadores portugueses, ainda no século XVII. O curioso é que ele leva este nome por se tratar de uma área com muitas formações de corais, que por sua vez, são bastante perigosos para as embarcações.
Os corais podem ocasionar furos no casco dos barcos e navios, fazendo, até mesmo, com que eles naufraguem. A princípio, a região era chamada de “abra os olhos”. Com o passar do tempo a expressão foi abreviada, originando o nome de Abrolhos.
Junto com as belezas das ilhas, os visitantes podem conferir de perto todas as formações de corais, chamadas de recifes. Nas águas marinhas há diversas espécies deles, sendo que as mais conhecidas são os octocorais, corais negros, hidrocorais (ou corais-de-fogo) e corais pétreos.
O clima do local, tropical semi-úmido, é muito agradável. As temperaturas médias anuais ficam em torno de 25ºC.
Fauna e flora do Arquipélago de Abrolhos
A vegetação das ilhas do Arquipélago de Abrolhos são um tanto restritas. A maioria das plantas são gramíneas e ciperáceas. Além delas, há alguns coqueiros que foram plantados. Contudo, a ausência de água doce e o solo raso são fatores decisivos para que não haja espécies de grande porte.
Por outro lado, a vegetação aquática é riquíssima. Sobre o fundo de areia crescem diversas espécies de algas. Junto delas, as gorgônias formam as chamadas “pradarias submarinas”.
A fauna terrestre tem poucos representantes. Uma das principais espécies nativas são os lagartos, que inclusive, também foram descritos por Darwin. Ademais, os navios portugueses que aportaram na região trouxeram consigo ratos e aranhas-caranguejeiras, que tiveram rápida adaptação ao local.
Grande parte da diversidade da fauna é representada pelas aves marinhas, atraídas principalmente pela alimentação em abundância. Diversas espécies de atobá, ave também conhecida como piloto, e seus ninhos terrestres, caracterizam as paisagens de Abrolhos.
Outras espécies de aves aquáticas, facilmente são encontradas no território, são o benedito, grazina, fragata e trinta-réis-das-rocas. Além delas, a tartaruga-cabeçuda vai de encontro às praias no verão, época da desova.
Os peixes típicos são um show à parte. Tendo os corais como abrigo, peixe de todos os tipos podem ser visualizados durante os mergulhos. As espécies mais comuns são os caramurus, peixe-frade, frade-real, badejos, budiões e os cardumes de agulhinhas.
A fauna marinha local apresenta, ainda, uma infinidade de espécies de arraias, lulas, estrelas-do-mar, esponjas e caranguejos.
De julho a novembro as baleias-jubartes são as visitas mais ilustres do arquipélago. Uma das doze espécies de grandes baleias existentes do mundo, são conhecidas pelo temperamento dócil e acrobacias que realizam, sempre exibindo a bela cauda.
E não é só isso, outra característica que as torna tão peculiares é a capacidade de vocalização. Os machos emitem um canto melancólico, que segundo os estudiosos, tem como uma das funções atrair a fêmea para o acasalamento.
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
Criado em abril de 1983, é o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil, representando um marco na preservação marinha do país. A unidade conta com mais de 91 mil hectares, totalmente dedicados à proteção da biodiversidade marinha regional, que é a maior do Atlântico Sul.
Sob administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, o Parque possui dois polígonos, um deles, englobando o Arquipélago de Abrolhos.
O intuito do Parque, sobretudo, é a proteção de algumas das áreas-berçário da baleia-jubarte, uma vez que, anualmente elas vão para o local ter seus filhotes. Outro item de proteção assegurada é o coral Mussismilia braziliensis. Popularmente conhecido como coral-cérebro, essa é a única região do planeta em que ele pode ser encontrado.
Além disso, há forte atuação em relação às espécies ameaçadas de extinção. Dentre as 1.300 espécies encontradas região, cerca de 45 correm risco de serem extintas.
Turismo no Arquipélago de Abrolhos
Apesar de o Parque Nacional de Abrolhos ficar aberto para visitação durante o ano todo, os meses mais indicados para visitação vão de dezembro a fevereiro. Nessa época do ano, além de a temperatura da água ser mais alta, a visibilidade do mar é melhor, portanto, os mergulhos são mais proveitosos.
A cidade mais próxima para acesso é Caravelas. É nela que está instalada a sede do Parque e a maior parte das sedes das empresas de turismo credenciadas a ele.
O aeroporto mais próximo fica em Teixeira de Freitas, 80 km distante de Caravelas. O acesso rodoviário pode ter diferentes composições, todas a partir da BR-101.
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