10 Árvores brasileiras – Frutíferas e exóticas

Fique por dentro da biodiversidade brasileira. As árvores frutíferas, e muitas exóticas, fazem parte do cotidiano dos povos e são uma marca muito forte da nossa cultura.

O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade no mundo, sendo que a Mata Atlântica é o bioma mais diverso do Brasil, com 19.355 espécies conhecidas. Em seguida, vêm Amazônia (com 13.317 espécies da flora), cerrado(12.669), caatinga (5.218), pampa (1.964) e Pantanal (1.240). Do total de descrições, 18.932 são endêmicas, ou seja, existem somente na região onde foram encontradas.

A biodiversidade do país também influencia nos hábitos e cotidiano dos brasileiros que utilizam muitas dessas frutas na alimentação diária e como geração importante de renda.

Árvores Brasileiras

1 Caju (Anacardium occidentale)

Caju (Anacardium occidentale)

O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como “caju” se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.  

O cajueiro é originária da região nordeste do Brasil, tem copa tortuosa e de diferentes portes. Na natureza existem dois tipos: o comum (ou gigante) e o anão. O tipo comum pode atingir entre 5 e 12 metros de altura, mas em condições muito propícias pode chegar a 20 metros. O tipo anão possui altura média de 4 metros.

2 Pitanga (Eugenia uniflora)

Pitanga (Eugenia uniflora)

A pitanga é o fruto da pitangueira, árvore de origem brasileira, nativa da Mata Atlântica que pode alcançar entre 2 a 12 metros de altura. A fruta Mede de 2 cm a 3 cm de diâmetro. Tem sabor agridoce, polpa aquosa, é arredondada e achatada nas extremidades

A casca costuma ser branca, alaranjada ou vermelho-escuro. Pode ser consumida ao natural, em sucos, sorvetes, geléias, vinhos, licores e doces.

A palavra “pitanga” vem do tupi-guarani, que significa vermelho.

3 Pequi (Caryocar brasiliense)

Pequi (Caryocar brasiliense)

O pequizeiro dá como fruto o pequi que é típico do Cerrado, cuja nomenclatura vem do Tupi e significa “pele espinhenta”.

O fruto possui uma casca verde de tamanho aproximado de uma maçã. No seu interior, há um caroço revestido por uma polpa comestível macia e amarela.

Embaixo da polpa há uma camada de espinhos muito finos, por isso ao roer o pequi cozido, é preciso ter cuidado. Por baixo dos espinhos há uma amêndoa macia e muito saborosa.

De gosto marcante, o pequi é muito utilizado na culinária regional em deliciosos pratos como o arroz com pequi, ou ainda como tempero, em conserva e como matéria-prima para a produção de licores, sorvetes e ração para animais, o pequi é um fruto muito versátil.

A época de produção dos frutos é de novembro a janeiro. A germinação do fruto pode demorar até um ano, mas menos da metade dos caroços germinam.

4 Jatobá (Hymenaea courbaril)

Jatobá (Hymenaea courbaril)

O jatobá é encontrado na Amazônia, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado com ocorrências do Piauí até o Paraná. A origem de seu nome vem do tupi e quer dizer “árvore com frutos duros”. No passado, foi muito utilizada pelos povos indígenas em momentos de meditação.

Sua farinha é bastante consumida no meio rural, seja na forma natural ou na forma de pães, biscoitos, bolos, batida com leite ou como ingrediente em vitaminas de frutas.

Apesar de apresentar um crescimento lento, a árvore alcança até 40 metros de altura e tem um tronco com diâmetro de quase um metro.

5 Pitomba (Talisia esculenta)

Pitomba (Talisia esculenta)

A pitomba mede aproximadamente dois centímetros de diâmetro e dá em cachos,  possui uma casca dura, porém fácil de ser aberta, uma fina polpa suculenta e doce, além de um caroço que ocupa a maior parte do seu conteúdo.

A casca, quando madura, é marrom e sua polpa, branca. Pode ser consumida in natura ou beneficiada na fabricação de licores ou polpa.

A fruta é também conhecida como olho de boi, pitomba da mata e pitomba de macaco e é originada da pitombeira, árvore que pode alcançar mais de 10 metros de altura. Seu nome vêm do tupi e significa sopapo, bofetada ou chute forte.

A pitombeira pode ser encontrada em quase todo o Brasil, especialmente no Cerrado, Caatinga, Amazônia e Mata Atlântica. Ocorre também na Bolívia e no Paraguai.

6 Jenipapo (Genipa americana)

Jenipapo (Genipa americana)

Jenipapo é uma fruta que se parece com o figo, só um pouco maior. Deve ser colhido no ponto certo de maturação para que possa ser aproveitado.

Embora seja consumido ao natural, e também  como doce e compota seu uso mais frequente é sob a forma de licor.

Na medicina caseira, o jenipapo é utilizado como fortificante e estimulante do apetite.

7 Buriti  (Mauritia flexuosa)

Buriti  (Mauritia flexuosa)

O buriti ou miriti é um fruto saboroso que possui coloração alaranjada, sendo acompanhada, em geral, de um caroço, que é a semente da espécie. Em alguns casos, no entanto, podem ser encontrados dois caroços ou nenhum.

A planta de grande distribuição por todo o território nacional, pode alcançar até 30 metros de altura e ter um caule com espessura de até 50 cm de diâmetro.

Do fruto do buriti pode se fazer doces, vinho, sorvete, picolé, etc. A madeira da planta, assim como a casca e as fibras podem ser usados para artesanato.

A espécie habita terrenos alagáveis e brejos de várias formações, sendo encontrada com muita frequência nas veredas, importante fitofisionomia do Cerrado. O buriti floresce quase o ano inteiro, mas principalmente nos meses de abril a agosto.

A colheita do fruto é trabalhosa, requerendo que os frutos maduros sejam colhidos do chão, após terem caído naturalmente. Alguns coletores cortam os cachos no pé do buriti, assim que os frutos amadurecem e começam a cair.

8 Baru (Dipteryx alata)

Baru (Dipteryx alata)

O baruzeiro dá o fruto baru  ou cumburu que é protegido por uma dura casca que no interior guarda uma amêndoa de sabor parecido com o do amendoim, de alto valor nutricional. É rica em proteínas, propriedades afrodisíacas e medicinais anti-reumáticas.

O fruto pode ser utilizado integralmente, resultando em polpas de fruta, óleos, farinha, manteiga e tortas.

A baruzeiro é uma árvore a imponente, com copa densa, pode alcançar mais de 20 metros de altura e seu tronco chega até 70 cm de diâmetro.

A espécie é encontrada nas matas, cerrados e cerradões do Brasil Central, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Pode também ser encontrada em menor frequência no Maranhão, Tocantins, Pará, Rondônia, Bahia, Piauí e norte de São Paulo.

9 Cajá (Spondias mombin)

Cajá (Spondias mombin)

A cajazeira está presente em vários estados brasileiros, especialmente nos das regiões Norte e Nordeste, como nos estados de Sergipe, Paraíba Pernambuco, Alagoas, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Dependendo da região, a planta recebe nomes diferentes. Na Amazônia, por exemplo, é chamada de taperebá. Já no Sul leva o nome de cajazeira ou cajá mirim.

A árvore, que pode alcançar até 25 metros de altura, tem um fruto de casca fina e de cor amarelo-laranja, com polpa ácida e saborosa

O cajá é uma boa fonte de vitaminas, principalmente a “A” e é rico em fibras, fósforo, ferro e cálcio. A polpa suculenta do cajá é bastante utilizada na produção de geleias, sucos, sorvetes, compotas, licores e sobremesas.

10 Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa)

Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa)

Popularmente conhecida como castanha-do-brasil,castanha-da-amazônia, castanha-do-acre, noz boliviana, tocari ou tururi, é uma árvore de grande porte, muito abundante no norte do Brasil e na Bolívia, cujo fruto contém a castanha, que é sua semente.

A castanha é uma que concentra altas quantidades de selênio que é uma substância extremamente promissora na prevenção de várias doenças, entre elas o Alzheimer, que apaga a memória e outras funções cognitivas. Comer uma castanha por dia é o indicado por nutricionistas.

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