As empresas estão parando de exigir diploma universitário de seus colaboradores

De acordo com a pesquisa, esse pré-requisito tornou-se de certa forma irrelevante para essas organizações.

Já há algum tempo a necessidade de se ter um diploma universitário tem sido questionada por muitas pessoas. Afinal, é cada vez maior o número de pessoas bem-sucedidas que despontam no cenário internacional e não necessariamente oriundos de academias famosas.

Aliado a isso, o aumento no preço dos custos pagos por uma educação de qualidade e a qualidade do ensino em si, são outros fatores que têm desestimulado muitas pessoas.

Corroborando essa tendência de uma forma surpreendente, uma pesquisa realizada em novembro do ano passado pelo portal Intelligent.com indicou que cerca de 45% das empresas norte-americanas ponderam sobre não exigir formação universitária específica nas contratações de 2024.

De acordo com o levantamento, essa tendência já vinha se calcificando ao longo de 2023 e até mesmo empresas gigantes, como o Bank of América e o próprio Google parecem propensas a aderir.

Uma revolução vem aí?

Ainda de acordo com a pesquisa do Intelligent.com, que é especializado em classificação universitária, o motivo pelo qual muitas empresas estão deixando de exigir diplomas na hora da contratação é a percepção de que talentos são desperdiçados por causa de um certificado de graduação.

Para 70% dessas empresas, é necessário criar uma “mão-de-obra diversificada”, enquanto 80% crê que a experiência é mais importante que a graduação universitária.

Por outro lado, fica claro que as empresas valorizam a certificação das capacidades dos novos funcionários. Porém, em vez de um diploma que supostamente ateste essas capacidades, as organizações pensam em submeter os colaboradores a programas de certificação, testes internos e processos seletivos.

Assim, as pessoas realmente habilidosas para as atividades às quais se propõem podem ser detectadas de forma mais prática e menos impositiva.

Muitos dizem que não

Mesmo com fortes indicativos para essa nova tendência, muitos trabalhadores relutam em acreditar que as empresas deixarão de exigir determinados pré-requisitos em contratações.

O motivo dessa descrença é o pesado viés estrutural e os vícios administrativos que se perpetuam em empresas de todo o mundo há décadas.

Como exemplo disso, muitos executivos de empresas de renome ainda admitem que o diploma de graduação é imprescindível no processo de contratação, alegando que ele dá mais “segurança” sobre as habilidades dos candidatos.

De qualquer forma, a semente da mudança já foi plantada e parece ser uma tendência em franco crescimento para as próximas décadas. Em breve, pode se tornar realidade um mercado de trabalho acessível a todos, onde jovens não terão que se endividar ou passar anos se sacrificando educacionalmente para conquistar uma formação e um posto de trabalho com o qual se identifiquem.

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