Associação aponta déficit de 20 mil funcionários na Caixa Econômica
No período de 2015 a 2020, a Caixa perdeu 14.866 postos de trabalho, enquanto a quantidade de clientes atendidos nas agências aumentou em 65%.
Embora haja 500 aprovados no concurso da Caixa Econômica Federal aguardando a convocação, um alerta da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) aponta um déficit muito maior de funcionários na instituição.
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De acordo com a Fenae, o número necessário de funcionários para regularizar o quadro gira em torno de 20 mil, pois os bancários acabam sendo sobrecarregados com um número de atendimentos maior que o recomendado.
No período de 2015 a 2020, a Caixa perdeu 14.866 postos de trabalho, segundo informações do Dieese. E contra ponto, a quantidade de clientes atendidos nas agências aumentou em 65%, o que claramente está causando um déficit. A média de atendimento por servidor chega a ser de 1.775, quando antes era de 1.070.
De acordo com Clotário Cardoso, que é Coordenador da Comissão Executiva dos Empregados e Diretor de Administração e Finanças da Fenae, a redução drástica no número de servidores está indo na contramão do aumento de atendimentos aos clientes. “Isso causa superlotação em agências, sobrecarga de trabalho e adoecimento de empregados, prejudicando, inclusive, o atendimento à população”, explicou.
Há cerca de um ano, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) publicou uma portaria, na qual o Ministério da Economia autorizava o aumento do quadro pessoal da Caixa. O texto concedia o aumento de 3 mil funcionários aprovados, passando de 84.544 para 87.544.
“A Caixa deveria, no mínimo, completar o quadro de pessoal autorizado [87.544 empregados] e repor os desligamentos ocorridos”, disse o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
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