ASSUSTADOR! Robôs recebem pele de fungo para 'sentirem' melhor o em torno; entenda
Cientistas da Universidade de Valência, na Espanha, desenvolveram uma pele feita à base de fungos para ser aplicada em robôs. A intenção é melhorar a percepção dessas máquinas sobre o mundo que as rodeia.
Um avanço notável na integração de robôs ao nosso mundo foi alcançado por uma equipe de cientistas que criou uma substância única à base de fungo, capaz de atuar como uma espécie de pele para máquinas.
Esse revestimento biodegradável tem o potencial de revolucionar a maneira como os robôs percebem e interagem com o ambiente ao seu redor. Veja mais sobre a invenção!
Funcionamento da pele de fungo
(Foto: Antoni Gandia e Andrew Adamatzky/Reprodução)
Apesar dos avanços notáveis nos últimos anos, a indústria robótica enfrenta dificuldades quanto ao revestimento das máquinas. O desafio é encontrar uma alternativa econômica e ecologicamente correta.
O uso de sensores tradicionais à base de silicone tem sido uma barreira para a produção em larga escala de robôs, devido à complexidade e ao impacto ambiental.
A pele de fungo, por sua vez, oferece uma solução diferente, sendo não apenas mais ecológica, mas também abrindo novas possibilidades para o desempenho dos robôs.
Os cientistas por trás dessa descoberta, Antoni Gandia, da Universidade Politécnica de Valência, Espanha, e Andrew Adamatzky, da Universidade do Oeste da Inglaterra, descreveram sua criação como uma “entidade biocibernética”.
Empregando um fungo conhecido como Ganoderma sessile, que pode prosperar em diversas condições, eles conseguiram aplicá-lo em um pequeno robô de apenas 18 centímetros de altura.
Durante um período de cinco dias em uma incubadora, a pele de fungo cresceu e se tornou uma camada protetora semelhante à pele humana.
Essa camada foi demonstrada como sensível à luz e ao toque quando eletrodos foram implantados, dando ao robô uma melhor capacidade de percepção ambiental.
A vida imita a arte
Antoni Gandia mencionou que a inspiração para a pesquisa veio de uma cena icônica do filme “O Exterminador do Futuro“, de 1984, na qual a pele de um robô é capaz de relatar dados e se autorreparar.
Os cientistas acreditam que tal inovação consiga abrir portas para a criação de sensores futuristas, com aplicações potenciais em várias indústrias, incluindo a robótica.
Além disso, a pele de fungo pode ser usada em edifícios para fornecer informações de temperatura e regular o clima interno das construções.
Dessa forma, ela tem o potencial de tornar os prédios mais eficientes em termos de energia e melhorar o conforto das pessoas que vivem e trabalham neles.
Os cientistas envolvidos na criação são unânimes em dizer que o uso dessa pele para robôs representa um avanço na integração de máquinas e abre novas perspectivas para a robótica e aplicações futuras em outras áreas.
Comentários estão fechados.