Até 2531, todos os japoneses podem ter o mesmo sobrenome
Um estudo conseguiu mostrar que, em 2531, todos os moradores do Japão podem ter o mesmo sobrenome. Entenda por qual motivo e como reverter o cenário.
Você sabia que toda a população do Japão terá o mesmo sobrenome no ano de 2531? A afirmação tem como base um estudo da Universidade de Tohoku, liderado por Hiroshi Yoshida, que analisa as leis de casamento do Japão e as tendências demográficas do país.
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Muitos fatores influenciam a previsão em questão, incluindo a chamada Lei do Sobrenome. No Japão, é exigido que os casais adotem um sobrenome comum após o casamento, sendo que, na maioria dos casos (aproximadamente 96%), o sobrenome escolhido é o do marido.
Mesmo sobrenome no Japão
O estudo também aborda o desafio enfrentado pelo Japão devido ao declínio populacional significativo, marcado por taxas de natalidade decrescentes e uma população cada vez mais envelhecida. Uma peculiaridade observada é a concentração de sobrenomes no país, com “Sato” sendo o mais comum, seguido por “Suzuki”.
Utilizando simulações, a pesquisa examinou como a lei de sobrenome, combinada com essas tendências demográficas, afeta a distribuição dos sobrenomes no Japão. Os resultados sugerem que, mantendo-se as legislações e condições atuais, até o ano de 2446, metade da população japonesa poderá compartilhar o sobrenome “Sato”.
Prosseguindo com essa projeção, o estudo indica que, até 2531, toda a população japonesa poderia ter um sobrenome único, provavelmente “Sato”. Tal uniformização dos sobrenomes levanta preocupações sobre as implicações sociais, incluindo desafios na identificação individual e a diluição da identidade familiar. Essas questões são motivo de inquietação tanto para residentes no Japão quanto para observadores internacionais.
A possibilidade levantada pelo estudo gerou debates significativos no Japão, visando discutir formas de alterar esse cenário futuro, com especialistas ponderando sobre suas principais consequências.
Ademais, em um país com mais de 125 milhões de habitantes, a homogeneidade de sobrenomes pode complicar a identificação de indivíduos em setores críticos como saúde, justiça e finanças.
Outra preocupação é que a perda de individualidade e identidade familiar possa afetar negativamente a autoestima e o senso de pertença de muitos japoneses, evidenciando a importância de se considerar as implicações culturais e sociais dessas tendências demográficas e legislativas.
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