Atlas de Marte: cientistas organizam mapa do planeta vermelho
Mapear Marte é essencial para encontrar recursos, desenvolver tecnologias para Terra e tornar a colonização humana no planeta vermelho uma realidade no futuro.
O planeta Marte já é mais do que apenas objeto de inspiração para filmes. Várias agências espaciais da Terra dedicam anos de pesquisa e missões para aprender mais sobre a formação do planeta vermelho.
Os pesquisadores acreditam que essa dedicação para desvendar Marte é um caminho importante para o futuro da humanidade, que pode ser constituído de viagens espaciais para que pessoas morem em outros planetas.
Da mesma forma, aprender sobre as superfícies e as atividades biológicas em Marte também contribuem para o desenvolvimento de tecnologias para a sobrevivência no planeta Terra.
Para Dimitra Atri, pesquisador-chefe do grupo sobre Marte, na Universidade de Nova York Abu Dhabi (Nyuad), é necessário estudar o clima do astro vermelho “para entender o que pode acontecer ao nosso próprio planeta daqui para a frente”.
(Imagem: EMM/EXI/Dimitra Atri/NYU Abu Dhabi Center for Astrophysics and Space Science/Reprodução)
Atlas de Marte: dados e imagens do planeta vermelho
Por conta disso, o grupo de pesquisa da Nyuad organizou um Atlas de Marte. As imagens presentes no documento são um compilado de dados coletados pela sonda espacial Hope, que, desde 2021, registra informações sobre o astro.
A sonda foi enviada pelos Emirados Árabes e já conseguiu obter mais de 3.000 imagens do planeta vermelho. Para Atri, as fotografias formam um belo mosaico que mostra a atmosfera e a superfície do local.
A observação da sonda também é importante para que os pesquisadores consigam determinar os melhores pontos de pouso, garantindo que sondas e missões espaciais tripuladas possam explorar o planeta no futuro.
Atualmente, cientistas e astrônomos têm um grande banco de dados sobre o astro. O histórico interesse das pessoas por Marte continua demonstrando como a humanidade pode se beneficiar com os estudos sobre o espaço, desde o primeiro mapa de Marte em 1840 até o Atlas feito pela universidade no ano atual.
(Imagem: EMM/EXI/Dimitra Atri/NYU Abu Dhabi Center for Astrophysics and Space Science/Rerpodução)
Os recursos e a vida em Marte
Atri afirma que o Altas de Marte é “o primeiro a usar inteiramente fotografias coloridas reais de todo o planeta”. Desse modo, ele vai contribuir com as análises das características da atmosfera, explorando a presença de água e, possivelmente, atividade biológica.
Outra contribuição importante para os estudos espaciais foi o desenvolvimento de um mapa 3D do planeta, feito pela Nasa.
Assim, o chefe da pesquisa acredita que, em algum momento do futuro, as pessoas poderão visitar Marte, se “houver gelo disponível, podemos convertê-lo em água que pode ser usada para habitação”.
Por fim, o Atlas de Marte é uma grande contribuição para os estudos sobre os recursos deste planeta, os resultados obtidos poderão ser usados em tecnologias na Terra e nas missões interplanetárias.
Para Atri, “pode parecer bobo, mas talvez, no futuro, seja muito comum as pessoas irem a Marte e até viverem lá”.
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