Avanço na IA: mulher paralisada por AVC se expressa por meio de avatar digital; confira

A tecnologia tem proporcionado momentos inéditos para a saúde e, num futuro não tão distante, notícias como essas serão ainda mais comuns.

Após um acidente vascular cerebral que a deixou completamente paralisada, Ann Johnson alcançou um notável avanço ao recuperar sua capacidade de comunicação.

Esse feito foi possível graças a um implante inovador, projetado para captar os sinais provenientes de áreas específicas relacionadas à fala e à linguagem.

Esses sinais são então direcionados a um computador especializado, em que a Inteligência Artificial assume o papel fundamental de traduzir frases em consistência e compreensão.

Tudo começou há dois anos, quando Ann deparou-se com uma notícia de grande impacto: um grupo de médicos e cientistas da Universidade da Califórnia alcançou um feito notável, decodificando sinais específicos de um paciente paralisado que buscava se comunicar.

Impressionada e inspirada por essa pesquisa pioneira, Ann decidiu entrar em contato com a equipe responsável pelo avanço.

Nesse mesmo contexto, Sean Metzger também desempenhou um papel crucial, acompanhando os testes realizados tanto no primeiro paciente, conhecido apenas como Pancho, quanto em Ann.

A potência da Inteligência Artificial para a saúde

Sean compartilha uma visão importante sobre o processo de instalação do sistema, no qual a Inteligência Artificial desempenhou um papel fundamental.

Para garantir uma comunicação precisa e eficaz, é preciso absorver um vasto conjunto de frases pronunciadas por Ann. O esforço envolveu aproximadamente 18 horas de gravação, contabilizando quase 9 mil frases ao longo desse período.

O método de coleta dos sinais técnicos que alimentaram o sistema merece atenção especial. A equipe optou por uma abordagem engenhosa, utilizando uma placa delgada, de semelhança com papel, que incorporava os eletrodos essenciais.

Essa placa foi meticulosamente implantada na região interior dos crânios de Ann, justamente sobre as áreas do cérebro que coordenam os comandos para a fala.

Nessa notável jornada científica, os eletrodos desempenham um papel de destaque, atuando como intermediários entre os intrincados sinais diretos e a expressão vocal.

Esses pequenos dispositivos têm a capacidade de interceptar os sinais emitidos pelo cérebro, que normalmente são direcionados aos músculos responsáveis ​​pelos movimentos dos lábios, da língua, da mandíbula e da laringe, quando alguém tenta articular uma palavra.

Um cabo conectado, de maneira precisa, a uma entrada inserida na cabeça de Ann é responsável por transportar esses dados sensoriais para um computador específico, que incorpora um sistema de Inteligência Artificial.

Na busca por recriar a voz de Ann, a equipe empregou uma abordagem inovadora: um antigo vídeo de seu casamento.

Esse material audiovisual, que capturou sua voz antes do acidente, desempenhou um papel crucial na tentativa de reconstruir sua maneira única de falar.

Para conferir a Ann um senso de identidade e escolha, foi oferecida a oportunidade de personalizar seu avatar. Isso permitiu que ela determinasse como sua representação digital se manifestaria, adicionando uma dimensão ainda mais pessoal à sua nova forma de comunicação.

A equipe que converteu o estudo pioneiro com Ann vislumbra um horizonte promissor, com planos de desenvolver uma versão avançada do sistema nos próximos 2 a 4 anos.

A principal inovação nessa evolução, como destacaram, será a eliminação dos cabos conectados diretamente à cabeça do paciente, conferindo maior conforto e praticidade ao processo.

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