Base Curricular do Ensino Médio pode ser alterada pelo MEC
Modificações foram previstas pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, e devem ser aprovadas neste ano mas, ainda, não foram detalhadas pela Pasta.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio deve ser alterada pelo Ministério da Educação. A informação foi repassada pelo titular da Pasta, Rossieli Soares, em visita ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (18).
Soares não detalhou quais seriam as mudanças previstas na BNCC. Apenas informou que “A medida da Base Nacional Comum que o governo entregou ao Conselho Nacional de Educação não é uma versão imexível. […] Por isso, temos audiências públicas e o conselho e o ministério também recebem sugestões de várias áreas da sociedade”.
Nas visitas realizadas em duas escolas de Novo Hamburgo, Rossieli Soares admitiu que o ensino médio tem “patinado” por não agregar ao jovem. Assim, muitos alunos têm abandonado as escolas por desinteresse, situação transformada em debate fundamental para o Brasil.
O ministro comentou que a base pode ser aprovada, ainda, neste ano. A importância do documento é que “ajuda a apontar muita coisa, especialmente o que os estados deverão discutir na construção dos seus currículos após a base nacional comum ser homologada”, frisou Rossieli.
Por meio de nota, o Ministério da Educação confirmou a possibilidade das mudanças, ratificando que o BNCC será discutido em audiências públicas. Até o momento, ainda não foram definidos os pontos a serem modificados mas, o documento segue em discussão.
O intuito é que, assim que aprovado no Conselho Nacional de Educação (CNE), o BNCC seja encaminhado ao MEC para homologação por seu titular até o final de 2018.
O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?
A BNCC teve sua versão final entregue ao CNE no início de abril e trata-se da segunda etapa das diretrizes do que será ministrado nas instituições escolares de todo o país. A primeira etapa foi a finalização da base aplicada aos ensinos infantil e fundamental.
O tratado na BNCC deve ser implementado até 2020 e, na visão do MEC, aumenta a possibilidade de escolha pelos alunos, dando padrão nacional aos currículos. Porém, esta não é a análise feita por especialistas ouvidos pelo portal G1.
Segundo eles, a forma como a BNCC foi elaborada para o ensino médio amplia a desigualdade entre os estados. Isso porque o texto final não apresenta as habilidades que devem ser ensinadas na proposta, com foi feito no ensino fundamental.
Desse modo, a ausência destes dados pode levar os estados a adotar caminhos diferentes em seus currículos, aumentando as diferenças entre as escolas brasileiras.
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