Bill Gates diz que plantar árvores para combater o aquecimento global é "um completo absurdo"; entenda

No ano de 2019, um grupo de voluntários na Turquia embarcou em uma iniciativa ambiciosa de plantar 11 milhões de árvores.

Entretanto, apenas três meses após o plantio, um resultado profundamente decepcionante se manifestou: cerca de 90% das mudas não conseguiram sobreviver.

A campanha, embora motivada por nobres intenções, acabou se transformando em um fracasso notável.

Isso pode parecer surpreendente, considerando que muitas pessoas veem o plantio de árvores como uma solução essencial para combater as mudanças climáticas.

Contudo, Bill Gates não compartilha dessa perspectiva. Durante um evento climático promovido pelo The New York Times, o magnata e filantropo expressou de forma enfática sua posição. Saiba mais a seguir!

Qual é a posição de Gates em relação ao plantio de árvores?

“Eu não sou um defensor do plantio de árvores”, inicia sua fala. E ele levou sua objeção ainda mais longe, rotulando a ideia de que o plantio de árvores poderia resolver mudanças climáticas como “um completo absurdo”.

Em tom questionador, sugeriu ainda que as pessoas que apoiam tal abordagem podem não estar fundamentadas em conhecimento científico.

Apesar dessa perspectiva de Gates, existem esforços significativos em andamento para promover o cultivo de árvores em larga escala.

O CEO da Salesforce, Marc Benioff, lidera o projeto 1t.org, que almeja realizar o ambicioso objetivo de plantar e preservar um trilhão de árvores.

A iniciativa argumenta que esse esforço ajudaria a capturar emissões de CO2 e contribuiria para alcançar metas de emissões zero.

Muitas empresas têm aderido a essa causa, enfatizando o papel das árvores como uma solução respaldada pela ciência. Contudo, há críticas quanto à eficácia dessa estratégia.

(Imagem: divulgação)

Plantar árvores é perder tempo?

De acordo com uma análise realizada pela ONG Climate Interactive, o plantio de um bilhão de árvores poderia evitar apenas um aumento de 0,15 ºC na temperatura global até o ano de 2100.

Esse valor representa apenas uma pequena fração das reduções de emissões necessárias até meados do século. Andrew Jones, autor da análise, sugere que tal abordagem, na melhor das hipóteses, serve como uma distração.

Embora as árvores desempenhem um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na preservação ambiental, a visão de Gates destaca que a solução não pode se limitar ao simples plantio desenfreado delas.

É igualmente essencial que as empresas reduzam suas emissões de gases de efeito estufa para enfrentar efetivamente o desafio das mudanças climáticas.

As árvores são muito importantes, mas não podem ser consideradas a única e definitiva resposta para esse desafio global.