Biocomputadores: cientistas usam células humanas para criar ‘hardware biológico’

O grande interesse no uso de células humanas é a garantia de um computador com grande capacidade de armazenamento de dados.

Nos últimos anos, observamos diversas tentativas dos cientistas na criação de computadores e softwares que imitassem o pensamento humano. No entanto, agora estamos a um passo de uma tecnologia ainda mais completa para a reprodução da nossa mente, tratando-se de biocomputadores com células humanas que conseguem armazenar muito em memória.

‘Inteligência Organoide’

Esse tipo de tecnologia receberia o nome de Inteligência Organoide e é um claro contraponto à ideia de Inteligência Artificial. Recentemente, cientistas publicaram detalhes dos estudos dessa experimentação na revistas Frontiers in Science. No artigo, eles explicam como é possível utilizar um aglomerado de células-tronco para desenvolver uma espécie de computador.

No caso, essas células-tronco foram desenvolvidas em laboratório e ganharam o apelido de “minicérebros”, uma vez que possuem algumas características funcionais do cérebro humano. Por exemplo, essas células conseguem processar aprendizagem e memória, que são processos psicológicos básicos da nossa mente e cognição.

Com isso, é possível desenvolver um hardware que seja muito capaz de absorver informações e aprender a realizar tarefas com muito mais eficiência que os computadores tradicionais. Embora os computadores de silício consigam lidar melhor com a matemática, os biocomputadores são ótimos na aprendizagem de novas funções e armazenagem de informações.

Um computador com ‘memória humana’

Embora os computadores atuais sejam muito evoluídos, nada se compara com a memória humana, que é capaz de armazenar cerca de 2.500 terabytes de informação. Tudo isso por meio de 100 bilhões de neurônios que se organizam em mais de mil pontos de conexão. Assim, a expectativa é que seja possível armazenar dados nos organoides cerebrais.

Ademais, também espera que seja possível enviar e receber informações aos computadores por meio de verdadeiras redes neurais. Entretanto, essa ciência ainda é muito recente e não se sabe ao certo quanto esses computadores estarão disponíveis. No caso, faz-se necessário um grande aparato em bioengenharia para que esse projeto saia do papel.

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