Isso quer dizer que qualquer manipulação de um organismo vivo, seja ele microrganismo, plantas ou animais, utilizando conhecimentos científicos e que sejam de interesse da sociedade para melhorar a forma como vivemos, é considerada biotecnologia.
Histórico
As primeiras técnicas de biotecnologia surgiram 6 mil anos a.C. com os processos de fermentação para produção de bebidas alcoólicas. No entanto esse processo só foi esclarecido no século XIX, quando Louis Pasteur provou que quem realizava a fermentação eram microrganismos.
Apesar de ser utilizada há milênios, o termo “biotecnologia” só foi criado no século XX por Karl Ereky, um engenheiro húngaro.
Esse ramo da tecnologia foi bastante utilizado durante as duas Guerras Mundiais para fabricação de armas usando produtos biotecnológicos.
A biotecnologia é bastante importante para a indústria alimentícia e, também, para fabricação de remédios como a penicilina.
Aplicações da biotecnologia
A biotecnologia pode ser aplicada em muitas áreas como na agricultura, na alimentação, bioinformática, bioenergia, indústria química, eletrônica, saúde, pecuária, meio ambiente, entre outros.
Muitas técnicas são utilizadas nos processos biotecnológicos. Veja exemplos:
Marcadores moleculares
São os marcadores moleculares que permitem a análise profunda de DNA, sendo possível analisar diversidade genética e realizar testes de DNA para saber se duas pessoas têm parentesco.
Engenharia genética
É o que os cientistas chamam de DNA Recombinante, a técnica usada para produção de transgênicos (organismos geneticamente modificados).
Essa foi a técnica usada para criar a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado do mundo.
Sequenciamento de DNA
Essa técnica permite conhecer todo o genoma dos organismos, seja para caracterizar sua evolução ou aplicar no melhoramento genético.
Estudo de células-tronco
Os estudos de células-tronco são extremamente importantes por ser uma esperança para pessoas com doenças degenerativas.
Já se sabe que podem curar inúmeras enfermidades com risco muito reduzido para o paciente.
Quem trabalha com biotecnologia?
A biotecnologia é uma área interdisciplinar entre a biologia, a química e as engenharias.
Já existem cursos de graduação e também tecnológicos para formar os profissionais biotecnologistas.
Os biotecnologistas trabalham com grande foco em desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas como indústrias farmacêuticas, cosméticas, alimentícias, de insumos, análises genéticas e etc.
Benefícios da biotecnologia
A biotecnologia é forte aliada para aumentar o aproveitamento efetivo de recursos naturais.
Na saúde, essas tecnologias permitem criar antibióticos para tratamento de infecções ou até mesmo fazer a reposição de substâncias importantes para o corpo humano, por exemplo, a insulina.
As vacinas também são grandes descobertas biotecnológicas que permitiram a erradicação de várias doenças, além dos diversos transplantes que são possíveis pelo estudo do sequenciamento de DNA do paciente e do doador para ver o grau de compatibilidade, diminuindo os riscos pós-transplante.
Na agricultura, as técnicas da biotecnologia podem aumentar a produção de sementes e melhorar plantas para que seja possível usar menos agrotóxicos nas lavouras. Além disso, a biotecnologia torna capaz o aumento da produção de alimentos.
Muitas indústrias têm utilizado resíduos agrícolas para a produção de combustíveis, reduzindo assim a exploração de recursos naturais. O etanol e o biodiesel são os principais combustíveis fabricados com produtos agrícolas no Brasil.
O tratamento de águas poluídas também pode ser feito com microrganismos produzidos pela biotecnologia, reduzindo assim a degradação do meio ambiente por ações antrópicas.
Impactos negativos da biotecnologia
Segue uma lista dos principais impactos negativos que podem ocorrer por meio da biotecnologia:
- Possível desequilíbrio ambiental;
- Criação de sementes inférteis;
- Impossibilidade de controlar a disseminação de organismos geneticamente modificados;
- Possibilidade de ocorrerem mutações após a reprodução de organismos geneticamente modificados;
- Questões éticas sobre a produção de clones;
- Envelhecimento precoce de organismos geneticamente modificados.
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