Brasil volta a exportar carne bovina para a Rússia após fim do embargo

O embargo foi desencadeado por um caso isolado e incomum de vaca louca no Pará.

O Brasil tem se recuperado bem do caso de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca, que foi registrado em fevereiro no estado do Pará.

Embora a Rússia tenha suspendido a importação de carne bovina de animais com mais de 30 meses de idade provenientes do Pará, o Ministério das Relações Exteriores tem trabalhado desde então para evitar fechamentos indevidos de mercados, por meio de sua rede de embaixadas e adidâncias agrícolas.

O Ministério informou nesta sexta-feira (7) que a Rússia pôs fim ao embargo à carne bovina brasileira, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas e de outros mercados, representando a plena normalização do comércio do produto com a Rússia.

Segundo comunicado da pasta, a forma atípica da doença não representa risco à saúde pública e não justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

As exportações de carne bovina para a Rússia em 2022 somaram cerca de US$ 165 milhões, equivalente a 24 mil toneladas do produto, enquanto as Filipinas foram o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, chegando a US$ 275 milhões em 2022 (61 mil toneladas).

Doença da Vaca Louca

O “mal da vaca louca” é o nome popular para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso dos bovinos. A EEB é causada por uma proteína anormal chamada príon, que pode ser encontrada em tecidos nervosos e espinhais de animais infectados.

A doença pode ser transmitida para humanos que consomem carne contaminada, o que pode levar a uma variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ), uma doença neurodegenerativa fatal em seres humanos.

Caso no Brasil

No dia 22 de fevereiro de 2023, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) divulgou o resultado do teste para um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina, também conhecida como “mal da vaca louca”.

O animal, com idade entre sete e oito anos, foi identificado em uma propriedade na Vila Cruzeiro do Sul, município de Itupiranga, sudeste do Estado. A Agência já isolou as 160 cabeças de gado do local, enquanto o animal com a doença foi abatido.

A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente. É importante ressaltar que a sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano.

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