Por que a China está perfurando um buraco com mais de 10 km de profundidade?
Descubra por que os chineses começaram a cavar um buraco que deve ter mais de 10 mil metros de profundidade.
Um poço com mais de 10 km de profundidade começou a ser perfurado na China. Essa obra servirá para realizar exploração científica e fica localizada na Bacia de Tarim, na região autônoma Uigur, de Xinjiang.
No entanto, o que os pesquisadores de fato esperam encontrar em uma profundidade tão grande da Terra?
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Marco para o desenvolvimento da China
A China é um país conhecido pelo alto potencial de desenvolvimento tecnológico, mas esse enorme “buraco” representa um marco na história do país.
Ele ajudará a estudar regiões profundas do planeta Terra, como poucos foram capazes de fazer. Inclusive, estudos na área sempre utilizaram materiais de radares e sinais sismológicos.
Diante do tamanho da obra, usuários das redes sociais começaram a apelidá-la de “buraco para o inferno”. Afinal, um poço com 10 mil metros de profundidade é algo realmente colossal.
Imagine que seria o mesmo que empilhar mais de 1.333 postes de energia padrões para residências ou 333 baleias-azuis, que são os maiores animais do planeta.
No entanto, a intenção do governo chinês é ir ainda mais longe e cavar um buraco com profundidade total de 11.100 metros em apenas 457 dias.
Isso quer dizer que será o segundo poço em área continental a atingir mais de 10 km de profundidade no mundo. Além disso, será a obra mais rápida desse tipo feita até hoje.
Grandes desafios pela frente
“Referindo-se às 13 dificuldades de engenharia na perfuração, como alta temperatura, alta pressão, espessura da camada de cascalho, espessura da camada de sal e danos no revestimento, coeficiente de pressão de água salgada e alto teor de enxofre, a Bacia de Tarim ocupa a primeira posição no mundo em termos dessas sete dificuldades de classe mundial”, explicou Sun Jinsheng, docente da Academia Chinesa de Engenharia, à rede CCTV.
Para cavar o poço são necessárias brocas especiais de perfuração com mais de 2 mil toneladas. “A abertura desse poço nos fornecerá informações valiosas e difíceis de obter sobre a evolução da Terra”, afirmou o docente Hao Fang, da Academia Chinesa de Ciências.
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