Café impensado custa carreira e aposentadoria a diretor japonês

Em Hyogo, na Região de Kansai, um incidente aparentemente trivial levou à queda de um diretor renomado de uma escola, causando grande repercussão no Japão e no mundo.

O ex-diretor, um homem de 59 anos com uma carreira respeitável e uma posição consolidada, entrou em uma loja de conveniências em 21 de dezembro de 2023.

Ele comprou um café normal na máquina self-service, porém, pegou o tamanho grande, que custava 70 ienes a mais. O custo total seria de 180 ienes. Os funcionários da loja perceberam a discrepância e o repreenderam, mas ele não demonstrou preocupação.

A situação se agravou quando a polícia foi chamada e o ex-diretor admitiu ter cometido o mesmo ato em várias ocasiões, economizando um total de 490 ienes em sete incidentes.

O que começou como um possível engano rapidamente se tornou um padrão de comportamento, levando à sua queda e ao escândalo que se espalhou rapidamente por toda a província de Hyogo.

A repercussão do caso no Japão

Após o caso chegar à filial de Himeji do Ministério Público do Distrito de Kobe, foi decidido que o homem não seria acusado.

Mesmo sem enfrentar acusações criminais, o conselho de educação tomou uma decisão drástica em relação ao ex-diretor.

Considerando o ato como um roubo, o conselho determinou que ele não poderia mais exercer sua função e sua aposentadoria seria anulada. Essa medida foi justificada pela conduta considerada “inadequada para um servidor público educacional” e uma “falta grave”, resultando em uma punição exemplar.

Takashi Sakata, professora de educação pública da Universidade para Mulheres do Japão, em Tóquio, expressou preocupações sobre a severidade das consequências impostas ao diretor.

Ela argumenta que a perda da licença docente e da aposentadoria têm um impacto desproporcional em relação aos prejuízos causados por suas ações. Essa reação levanta questões sobre a abordagem adotada diante de infrações desse tipo.