Cafeterias japonesas expõem animais que leis internacionais não permitem

Cerca de 60% das cafeterias do Japão expõem animais de espécies exóticas proibidas por leis internacionais. Esta medida tem sido alertada por especialistas que indicam uma ameaça à conservação dessas espécies, assim como também consideram que doenças possam ser transmitidas aos humanos. Acompanhe a leitura e confira mais sobre os casos e o alerta feito por biólogos.

Estudo mostra exposição ilegal de animais em cafeterias do Japão

Em 2019, em solo japonês, eram 137 lojas de cafés que possuíam a presença desses animais de espécies exóticas. Eles estavam expostos em locais que permitiam que clientes pudessem se aproximar e até mesmo fazer carinhos. Corujas e ouriços poderiam ser acariciados, por exemplo, mas isso foi proibido.

Segundo um estudo da Traffic, organização não governamental da Grã-Bretanha, e objeto de estudo da Universidade Sorbonne da França a maioria dos animais pode ter sido fruto de tráficos ilegais de animais selvagens. Yumilo Okamoto, representante da Traffic, afirmou que novas medidas precisam ser consideradas para conseguir manter esses animais:

“Precisamos implementar medidas pelas quais a biologia e as características comportamentais de um animal recebam a máxima consideração, e apenas instalações educacionais, como zoológicos, sejam permitidas”, informou Okamoto.

Outras espécies e animais também foram encontradas em condições semelhantes

Foram descobertas outras 419 espécies de animais exóticos e cerca de 3.793 animais individuais, sendo 53 deles proibidos de serem comercializados por meio do CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens).

Outras 38 lojas no Japão vendiam os animais que estavam expostos no café. Algumas corujas foram encontradas entre 200 mil a 600 mil ienes, o relativo a US$ 1.500 até US$ 4.400.

O comércio de animais exóticos realmente é proibido, mas a compra e venda ainda é permitida para aqueles animais que foram vendidos antes das novas restrições. Os mais encontrados foram 62% de aves e 40% dessas eram corujas. Mamíferos e répteis foram representados em 21% e 15%.

O mais encontrado nas cafeterias foi o ouriço de quatro dedos, presente em 55 das lojas do Japão. Em seguida, o suindara e a coruja branca do norte também apresentaram maioria entre os animais.