Caldeus – quem foram, Nabucodonosor, economia e características
Conheça mais sobre os Caldeus, povo semita que habitou a região da Caldéia, na Mesopotâmia, no fim do século IX a.C, destacando-se na vitória sobre os assírios.
A região da antiga Mesopotâmia, no atual Oriente Médio, abrigou vários povos ao longo da Antiguidade. Entre eles, estão os caldeus, conquistadores e habitantes da parte sul que, hoje, corresponde aos territórios da Síria, Iraque e Turquia.
Os caldeus, em conjunto com outros povos, como hititas, acádios, assírios e sumérios, eram moradores da região dos Rios Tigres e Eufrates, mais conhecida como o Crescente Fértil, devido ao seu formato lunar. Ali, nasceram as primeiras civilizações da História.
Quem foram os caldeus?
Os caldeus foram um povo semita proveniente da Arábia Oriental que habitou as partes mais baixas dos rio Tigres e Eufrates, região conhecida como Caldéia, ao sul/sudoeste da Mesopotâmia.
Por ali, se estabeleceram no século IX a.C. deixando, então, o nomadismo para se tornarem sedentários. Logo, assumiram o controle político dali até o século VIII a.C. após sucessivas vitórias sobre outros povos.
No século VII a.C., por exemplo, colocaram no trono babilônico o rei Nabopolassar, aproveitando a crise estabelecida no Império Assírio, outro povo que habitava a região. A primeira investida aconteceu em 612 a.C. quando dominaram a capital, Nínive.
Começava, aí, o Império Neobabilônico motivo pelo qual os caldeus são chamados de novos babilônios. Com a morte do Nabopolassar, seu filho, Nabucodonosor II, seguiu com a conquista territorial e reconstrução de cidades destruídas pelas guerras.
O reinado de Nabucodonosor é considerado como um dos mais prósperos da Mesopotâmia com renascimento cultural e político da região. A Babilônia, capital do império, foi construída com palácios, muralhas, templos e santuários.
Principais características do povo caldeu
Algumas características podem ser destacadas para descrever os caldeus. A primeira delas é sua estrutura social e política de caráter monárquico despótico e teocrático em uma economia baseada no comércio, criação de animais e agricultura.
Importante lembrar que a necessidade de reconstruir a Babilônia fez da construção uma base econômica considerável. O rei comandava o império em sua totalidade e, abaixo dele, seguiam nobres, sacerdotes, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.
Povo politeísta, cultuava vários deuses relacionados aos animais e à natureza. Na porta de entrada da Babilônia, um mosaico de Ishtar, deusa do amor e protetora da cidade , foi construído em sua homenagem.
Outra forte característica dos caldeus seu caráter bélico e violento que resultava na captura de grande número de escravos.
O reinado de Nabucodonosor
Nabucodonosor foi o responsável pelo renascimento cultural babilônico. Na sua gestão, a cidade tornou-se importante centro de cultura durante a qual foram construídas obras urbanas como ruas, jardins e muralhas.
Duas das mais conhecidas são os Jardins Suspensos da Babilônia (uma das sete maravilhas do mundo antigo) e a Torre de Babel. Outra contribuição importante dada pelos caldeus está na astrologia e astronomia, bem como nos estudos matemáticos.
O fim do domínio caldeu
Os caldeus deixaram de dominar a Mesopotâmia em 539 a.C. quando o rei persa Ciro aproveitou-se de seu enfraquecimento para conquistar a região. Tal queda deu-se após a morte de Nabucodonosor que reinou o povo caldeu por 40 anos.
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.