Calor EXTREMO: 2023 promete ser o ano mais QUENTE em 125 mil anos!
Um levantamento realizado pela ONU afirmou que 2023 está sendo o ano mais quente nos últimos 125 mil anos.
Outubro foi o 5º mês consecutivo em que temperaturas máximas recordes foram registradas. Segundo uma notícia publicada nesta quarta (8), pelo observatório europeu Copernicus, os cientistas preveem que 2023 será o ano mais quente em 125 mil anos. “Podemos afirmar com quase total certeza que 2023 será o ano mais quente já registado”, afirmou a vice-diretora do observatório, Samantha Burgess.
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No entanto, a situação pode piorar ainda mais em 2024. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou que “o ano que vem pode ser ainda mais quente. As crescentes concentrações de gases de efeito de estufa fruto da atividade humana que capturam o calor na atmosfera contribuem de forma clara e inequívoca para esse aumento das temperaturas”.
Os dados levantados sugerem que as temperaturas atuais são, provavelmente, as mais quentes em nos últimos 100 mil anos. Assim, 2023 é o ano que mais se aproxima do limite emblemático do aumento de 1,5 °C na temperatura, estabelecido pelo Acordo de Paris. O limite deverá ser superado pela primeira vez no período de 12 meses nos próximos cinco anos. Porém, é preciso registrar o aumento de 1,5 °C na média ao longo de diversos anos para considerar que a barreira foi superada.
Quando esse limite pode ser atingido?
A previsão feira pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU prevê que há 50% de possibilidade de que isso aconteça entre 2030 e 2035, levando em consideração o ritmo de emissão dos gases do efeito estufa. Atualmente, os cientistas consideram que o aquecimento está em 1,2 °C acima das temperaturas registradas na era pé-industrial.
Dessa forma, outubro de 2023 foi “1,7°C mais quente do que a média para o mês de outubro no período 1850-1900”. Desde o início do ano, a temperatura média do planeta é a mais quente registrada nos primeiros 10 meses do ano, ficando 1,43 °C acima da média do período entre 1850-1900.
Em junção a isso, o El Niño potencializa os efeitos da mudança climática que aumenta as temperaturas. O observatório Copernicus afirmou que o fenômeno segue ativo, “embora as anomalias sejam inferiores às registradas neste período do ano” entre 1997 e 2015. Conforme analisado pela ONU, a previsão é de que o El Niño dure até abril de 2024.
Situação climática pode ficar mais crítica
Segundo a ONU, os últimos quatro meses registraram aumentos constantes na temperatura da superfície do mar. Além disso, novos aumentos são esperados nos próximos meses, devido a “intensidade e da natureza das retroações atmosférico-oceânicas”.
Por fim, a probabilidade de um efeito de esfriamento devido a um episódio do La Niña é praticamente improvável. . “Os fenômenos extremos, como as ondas de calor, as secas, os incêndios florestais, as chuvas intensas e as inundações vão-se intensificar em algumas regiões, e isso terá consequências importantes” explicou Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.
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