Calor extremo: o que acontece com o corpo humano em altas temperaturas?

Entenda quais são os perigos do calor para o funcionamento do nosso metabolismo.

Começamos esta semana com a notícia de que o Brasil terá termômetros marcando mais de 40ºC em algumas regiões. E o calor extremo parece que não dará muita trégua por um tempinho. Por isso, é importante sabermos o que acontece com o nosso corpo em situações climáticas como esta – e já adiantamos que suor é o de menos.

Só para já tirar o esparadrapo de uma vez só: sim, o calor pode matar. Inclusive, segundo um artigo publicado na revista científica Nature, 6% das mortes na América Latina em 2022 foram em decorrência de calor extremo.

O que acontece com o corpo no calor e nas altas temperaturas?

Por sermos mamíferos, podemos nos considerar animais de sangue quente, cuja temperatura fica em uma média de 36,5ºC. Quando somos expostos ao frio, nosso organismo ativa uma série de gatilhos internos para regular nossa temperatura. O mesmo acontece com o calor.

O primeiro deles é o suor, que é uma medida para tentar resfriar nosso corpo. O problema é que o suor em excesso, sem reposição de líquidos, pode levar à desidratação. Além disso, ele também diminui o volume de sangue no corpo e afeta a pressão arterial e a espessura do sangue, aumentando a chance de coágulos.

Ainda sobre os perigos cardiovasculares, para tentar dissipar o calor, o coração começa a bater mais forte. E, caso a pessoa tenha algum problema cardíaco prévio, pode sofrer um infarto, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou ter um episódio de arritmia.

O desbalanço de eletrólitos no corpo pode, ainda, chegar aos músculos e nervos. Não são raros os casos de convulsões, espasmos ou dificuldades para respirar em meio ao calor.

Hipertermia

O calor extremo também pode levar nosso corpo a um estado de hipertermia. Quando a desidratação fica demais para o nosso corpo, ele passa a guardar um pouco da água como medida de emergência.

Se a temperatura corporal passar dos 42ºC, começam a desnaturação das proteínas e, eventualmente, a falência dos órgãos.

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