Células sintéticas podem auxiliar no estudo de doenças
Cientistas criaram uma espécie de células "ciborgues", que podem auxiliar muito no estudo aprofundado de doenças; saiba mais!
Recentemente, uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e da Academia Sinica, localizada em Taiwan, conseguiram, através de um procedimento químico bastante complexo, criar células sintéticas “ciborgues” em laboratório. Dessa maneira, elas poderiam ajudar no estudo e tratamento de muitas doenças. Saiba mais ao longo da leitura.
Células sintéticas podem invadir células cancerígenas
Conforme publicado em artigo no dia 11 de janeiro, na revista Advanced Science, essas células são bastante similares com células vivas comuns, mas não possuem condições de se dividir e crescer. De acordo com o time de pesquisadores, essa invenção pode ser um grande avanço no estudo de doenças como o câncer, representando assim um impulso considerável no setor da saúde.
Com os testes realizados, ficou comprovado que as células ciborgue têm a capacidade de invadir células cancerígenas, motivo para crer no possível potencial para elaborar tratamentos de saúde em um futuro próximo. Além disso, os pesquisadores explicam que essas células são mais resistentes aos fatores externos que poderiam matar células comuns, como exposição a antibióticos e pH elevado.
Outro fator de importância muito relevante para as pesquisas é que as células ciborgues não conseguem se replicar, visto que para as células artificiais serem consideradas úteis, é necessário que sejam controladas com muito cuidado. Entretanto, o que impede o potencial de replicação delas ainda não está muito claro.
Como as células ciborgue são feitas?
Atualmente, para a construção de células sintéticas, é preciso remodelar a genética de células que já existem, dando novas funções a elas, como a capacidade de reprodução ou maior flexibilidade, ou mesmo as construindo do zero, sendo impossível que se repliquem e garantindo funções biológicas restritas.
Entretanto, as células ciborgues foram criadas de uma terceira maneira: Os cientistas utilizaram células bacterianas de base, adicionando elementos de um polímero artificial que havia sido exposto à luz ultravioleta. Tal exposição as transformou em uma matriz de hidrogel, uma réplica da matriz extracelular natural.
Entretanto, os cientistas já avisaram que apesar da descoberta promissora, eles ainda estão muito distantes de replicar o processo em humanos. Agora, eles estão focados em descobrir os possíveis usos para as células ciborgues, bem como a elaboração delas com diferentes materiais.
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