China abre buraco de 6 mil metros no deserto para exploração terrestre; entenda
No dia 27 de agosto, a China alcançou um marco impressionante na exploração terrestre ao fazer um buraco de 6 mil metros em busca de dados científicos e recursos minerais.
A China deu um importante passo na exploração e busca de recursos nas profundezas da Terra. O país desenvolveu um projeto que já perfurou um buraco de 6 mil metros na crosta terrestre.
A impressionante iniciativa é uma proposta ambiciosa que pode oferecer novos dados sobre a superfície, os recursos minerais e a formação geológica do planeta.
Realizada no deserto de Taklamakan, em Xinjiang, a exploração conta com uma equipe de geólogos, especialistas e outros trabalhadores da Corporação Nacional de Petróleo da China.
A crosta terrestre é uma camada fundamental da Terra para diversas áreas da ciência, incluindo geologia, geofísica e até a procura por recursos naturais.
Além disso, essa região que fica no noroeste da China abriga o segundo maior deserto de dunas e é conhecida por suas reservas de petróleo e gás.
Apesar de já ter atingido a marca de 6 mil metros, o objetivo da equipe chinesa é perfurar mais de 10 mil metros nas profundezas da Terra em menos de 500 dias.
(Imagem: Xinhua/Wang Peng/Reprodução)
Mais de 10 mil metros na exploração das profundezas
O projeto de perfuração chinês tem objetivos científicos e econômicos que colocarão o país como a principal potência nesse ramo de exploração.
Os dados que serão coletados em toda a exploração no deserto podem identificar novos recursos minerais, oferecer esclarecimentos sobre desastres ambientais e informações históricas sobre rochas e a formação do mundo.
De acordo com o plano, a perfuração vai atingir 10 estratos geológicos, alcançando áreas com aproximadamente 145 milhões de anos do período Cretáceo.
A estrutura atual tem mais de duas mil toneladas de equipamentos e centenas de profissionais especializados para conseguir realizar a escavação dentro do prazo restante de 457 dias.
No entanto, o buraco que está sendo feito pela China não é o maior recorde do mundo. Em 1989, a Rússia já escavou um com 12,2 quilômetros de profundidade.
Mesmo assim, a iniciativa da China é um importante passo na pesquisa e na exploração da crosta terrestre, trazendo novos caminhos para a ciência, tecnologia e uso dos recursos naturais.
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