China estaria desenvolvendo armas de neuroataque; entenda
Um grupo de investigadores relatou que o governo chinês estaria elaborando armas "perturbadoras de cérebro", com enorme capacidade de danificar o sistema nervoso central humano.
Alegações de que a China desenvolve ativamente armas “perturbadoras para o cérebro” reacenderam uma preocupação global.
Isso ocorre mesmo após terem sido descartadas acusações anteriores, que ligavam uma síndrome misteriosa em diplomatas dos EUA a um deliberado ataque chinês. Saiba mais!
A descoberta
Um grupo de analistas, que se autodenomina Iniciativa de Ameaças Biológicas do Partido Comunista Chinês (PCC), revelou que o PCC e seu Exército de Libertação Popular (PLA) se posicionam como pioneiros no desenvolvimento das chamadas armas de neuroataque.
O relatório intitulado “Enumerando, Direcionando e Destruindo o Programa de Neuroataque do Partido Comunista Chinês” afirma que o país estuda métodos para prejudicar funções cognitivas de militares e funcionários do governo norte-americano.
O documento destaca o possível uso de micro-ondas e energia direcionada capazes de influenciar os cérebros de mamíferos, incluindo seres humanos.
No entanto, críticos argumentam que o relatório carece de detalhes cruciais sobre as especificidades e o funcionamento dessas armas, levantando ceticismo sobre a validade das alegações.
(Imagem: Canva Pro/Reprodução)
Denúncias anteriores
Em outra investigação de dois anos atrás, diplomatas dos EUA afirmaram que 1500 “incidentes de saúde anômalos” ocorreram desde 2016. Porém, não foi possível comprovar que eram ataques deliberados pela China.
Tais incidentes, coletivamente conhecidos como “síndrome de Havana”, englobam sintomas como perda auditiva, vertigem, náuseas e dificuldades cognitivas.
Inicialmente atribuídos a um dispositivo sônico, exames subsequentes, inclusive ressonâncias magnéticas, não estabeleceram uma causa ou padrão definitivo.
Em março, sete agências de inteligência dos EUA conduziram uma avaliação abrangente da síndrome, concluindo que havia poucas evidências que apoiavam o envolvimento de adversários dos EUA nos eventos relatados.
As agências foram críticas acerca de uma descoberta anterior de 2022, que sugeria energia eletromagnética pulsada e ultrassom como possíveis culpados.
Opinião de especialistas
Os especialistas estão divididos sobre a efetividade da “energia direcionada” influenciar a mente humana sem detecção imediata. O Dr. Edl Schamiloglu, professor de engenharia elétrica da Universidade do Novo México, reconhece que as micro-ondas de alta potência conseguem afetar a cognição humana, mas contesta que os sons informados estejam alinhados com os efeitos da exposição às micro-ondas.
Da mesma forma, o Dr. Robert Baloh, professor de neurologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, questiona a ideia de que armas de energia possam danificar seletivamente o cérebro sem prejudicar também dispositivos eletrônicos próximos.
Ele sugere que os sintomas relatados podem ser psicossomáticos, possivelmente se encaixando no perfil de doença psicogênica em massa ou histeria em massa.
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