China: novas medidas contra Covid-19 podem beneficiar economia mundial; Saiba mais

Flexibilização das medidas restritivas dos dois últimos dois meses desafogará serviços da economia global que estavam paralisados desde a nova onda da doença no país.

Depois de um expressivo crescimento dos casos de Covid-19, a China passou a adotar medidas mais rígidas de confinamento da população. Após protestos da população, o governo passou a adotar uma certa flexibilização das restrições. A decisão pode ser benéfica para a economia global e apaziguar a tensão que cresceu nas fronteiras chinesas.

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Flexibilização das medidas contra Covid-19 desafoga relação entre oferta e demanda

A rigidez das medidas restritivas trouxe um problema sério para a economia da China: a falta de produtos. O bloqueio de diversas cidades causou o atraso na fabricação de diversos itens cuja fabricação é chinesa. Isso mexe em toda a economia global.

Um exemplo foi a Apple. Segundo a empresa do Vale do Silício, desde novembro há atraso na produção de milhares de iPhones 14 e 14 Pro. Sem a oferta das mercadorias, o preço subiu. Por isso, houve aumento de celulares e outros itens eletrônicos nas últimas semanas.

O problema escalona para tomar proporções maiores quando colocamos na equação o fato de que as restrições também aumentaram o desemprego entre jovens chineses. Sem emprego e sem renda, eles não têm o que gastar no país.

Com isso, há queda na demanda interna. O reflexo disso é a diminuição da necessidade de importar produtos – sobretudo commodities – de outros países.

Benefícios na economia dentro e fora das fronteiras

O nó começa a se desatar na economia local da China. Agora que os estabelecimentos e as pessoas voltaram a circular, a população chinesa pode respirar um pouco mais aliviada – mas ainda de máscara.

A brisa de ar fresco vai além das fronteiras e chega até mesmo no Brasil. Como a China é um dos nossos principais exportadores, se eles voltam a comprar commodities brasileiras, mais dinheiro entra no nosso país.

De acordo com o economista e CEO da Veedha Investimentos, Rodrigo Marcatti, a retomada da economia da China pode estimular a atividade em outros países também. Sobretudo, segundo ele, aqueles que são parceiros comerciais, como o Brasil.

“A flexibilização deve afetar positivamente a economia brasileiras. A gente pode ver algum tipo de aumento de demanda”, disse ele em entrevista ao G1.

Bons olhos

As flexibilização das medidas de restrição contra a Covid-19 foi bem vista pelo mercado financeiro. As cotações de commodities como minério de ferro, petróleo e cobre, por exemplo, já começaram a subir.

As reações foram positivas indicam que a economia da China voltará a crescer exponencialmente.

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