Ciência descobre medicamento para reduzir o declínio mental em casos de Alzheimer

Surge uma nova esperança para os pacientes com a doença em estudos realizados e divulgados recentemente sobre um novo medicamento.

No mês de setembro, o New England Journal of Medicine publicou informações preliminares sobre a existência de um novo medicamento. Na última quarta-feira, 30, dados finais acerca de ensaios clínicos mostram que o tratamento Lecanemab tende a reduzir o declínio mental de pacientes portadores da Doença de Alzheimer.

Por parte dos médicos, a sensação é de muito otimismo, pois sabe-se que, segundo os estudos, a redução pode chegar a até 30% em alguns casos. Esses números demonstram um enorme avanço e dão esperança sobre a possibilidade de cura de uma enfermidade que atinge muitos todos os anos.

Para o diretor do Centro de Pesquisa de Demência da University College London, Nix Fox, a descoberta é classificada como uma “nova era de modificação do Alzheimer”. “Os resultados chegaram após mais de 20 anos de muitas pesquisas e trabalhos por parte de toda a equipe”, acrescentou.

O remédio foi desenvolvido em um conjunto entre as farmacêuticas Biogen, localizada nos Estados Unidos, e a Eisai, companhia japonesa. Após finalizar o processo de criação, foi constatado que o fármaco é capaz de reduzir em 27% a velocidade dos declínios mentais.

Para chegar a esses resultados, os ensaios clínicos foram realizados em 1800 pacientes, no período de cerca de um ano e meio. Constatou-se uma quebra de 23% em comparação com os doentes que receberam o placebo durante os processos de testes.

Segundo os dados coletados, dentro do prazo de 18 meses, o Lecanemab foi capaz de reduzir marcadores de amiloide nos casos de Alzheimer precoce e constatou também declínio moderado nas condições de cognição e na função do que nos testes com placebo, também sendo estudados efeitos secundários.

Foi informado que, durante o tratamento, 13 pessoas morreram. Desse número, seis recebiam o medicamento e sete, o placebo, porém, foi constatado que nenhum dos óbitos tem ligação direta com o processo de estudos e tratamento.

Com relação aos valores, o medicamento deve custar entre 10 mil e 30 mil libras por ano. Convertendo para o euro, sairia entre 11.500 e 34.600. Embora seja uma notícia extremamente animadora, que tende a revolucionar a medicina no tratamento da doença, sabe-se que ainda faltam diversas etapas para que o medicamento seja utilizado em níveis mundiais.

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