Ciência: será possível voltar a enxergar com retinas feitas em laboratório

Pessoas que perderam a visão com o tempo podem recuperá-la e voltar a enxergar! A fase de testes das retinas criadas em laboratório começará em breve.

Um passo importante foi dado para a ciência. Os especialistas da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos da América, informaram que este avanço está prestes a passar por testes em humanos. Foram descobertas algumas células – feitas em laboratório – que tinham sensibilidade à luz e que se juntaram após serem separadas.

Voltar a enxergar

O trabalho de pesquisa tem funcionado como um cultivo dessas células fora do corpo humano e poderá ser útil no futuro para que as células mortas da retina possam ser trocadas por uma criação do laboratório.

O passo é importante para o transplante ocular de pacientes com problemas visuais diversos. Por fazerem parte do mesmo trabalho, as células formam outras células para que acabem por se tornar uma retina.

Ela é, basicamente, um tecido que fica na parte de trás do olho, cuja grande responsabilidade é interpretar os sinais que chegam diretamente do cérebro. Dessa forma, é criada a visão. Quando o tecido é rompido e não estabelece mais uma conexão com o cérebro, a pessoa prontamente perde a visão.

O pesquisador e oftalmologista da pesquisa, David Gamm, informou que esta é a última etapa do estudo e apontou que todos alcançaram um objetivo: “Queríamos usar as células desses organoides como peças de reposição para os mesmos tipos de células que foram perdidas no curso de doenças de retina”, explicou o médico.

Pesquisa monta retina em laboratório

As células que foram criadas em 3D pelos pesquisadores no laboratório em 2014 causam um efeito muito parecido com o da retina natural carregada pelo corpo humano. A descoberta feita em 2022 mostrou que essa mesma célula do laboratório poderia responder a diferentes estímulos e entrar em contato com as outras para estabelecer vínculos.

A função da criação dependerá da conexão que a célula vai estabelecer dentro do próprio corpo, formada por uma conexão química conhecida como “sinapse”, causando a junção da “artificial” com as células da visão no corpo.

O questionamento da equipe era se, de fato, essas conexões foram estabelecidas. E foi assim que aplicaram o vírus da raiva ao experimento e viram que as células da retina foram estabelecendo as conexões.

“Tudo está levando, em última análise, aos testes clínicos em humanos, que será o próximo passo”, apontou Gamm.

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