Cientistas explicam o que são misteriosas 'pegadas' vistas no fundo do mar; veja
Após muitas suposições, os cientistas finalmente desvendaram o enigma sobre supostas pegadas no fundo do oceano. Saiba mais!
Uma marca intrigante no fundo do oceano, que se assemelhava a uma pegada gigantesca, desafiou a compreensão dos cientistas e instigou uma série de teorias, algumas plausíveis e outras fantásticas.
Essa enigmática impressão está localizada a mais de 450 metros de profundidade e o mistério em torno dessa suposta pegada parecia insolúvel, até que, há uma década, o Instituto Nacional de Pesquisa de Água e Atmosfera da Nova Zelândia (NIWA) embarcou em uma incansável busca pela verdade.
Seria realmente uma pegada no fundo do mar, como se acreditava? Ou algo ainda mais extraordinário aguardava para ser revelado? Acompanhe este texto para desvendar o enigma.
A primeira vista, o que esta imagem parece para você?
Observe a imagem da suposta pegada e tente imaginar como essa marca de 450 metros de profundidade pode ter sido fincada no oceano. Afinal, é a partir desse tipo de pergunta que os cientistas continuam a realizar suas pesquisas.
(Imagem: reprodução/internet)
De acordo com o estudo, as impressões no leito marinho são algumas das poucas evidências disponíveis que nos permitem compreender os hábitos alimentares dos peixes-rabo-de-rato.
Parece que essas criaturas predadoras caçam de forma peculiar, utilizando seus focinhos para escavar na lama antes de sugar suas presas.
(Imagem: reprodução/internet)
Os peixes-rabo-de-rato vivem nas profundezas oceânicas e aprimoraram seus sentidos ao longo do tempo. Com isso, eles desenvolveram uma visão aguçada, olfato apurado e barbilhões sensíveis em seus queixos.
Nadando próximos ao leito marinho, utilizam essas habilidades para localizar presas, tais como crustáceos, vermes e outros peixes.
No entanto, o método pelo qual efetuam suas capturas permanecia envolto em mistério. Na década de 70, cientistas avistaram um desses animais nas profundezas lamacentas, a uma profundidade de aproximadamente 4 mil metros.
Embora o propósito de sua busca não fosse claro, os pesquisadores conjecturaram que tal comportamento poderia deixar vestígios no fundo do mar.
As marcas menos profundas, ao que tudo indica, são resultado das tentativas desses peixes de capturar caranguejos e outros animais que habitam a superfície da areia.
As marcas mais profundas sugerem que os peixes-rabo-de-rato podem realizar escavações em busca de suas presas, revelando uma estratégia de caça intrigante e complexa.
A bióloga marina do NIWA, Sadie Mills, explica que o NIWA usa uma tecnologia avançada chamada Sistema de Imagem Rebocado em Profundidade (Dtis). Com o Dtis, os pesquisadores podem explorar detalhadamente o fundo do mar.
A surpreendente descoberta de que essas marcas são, de fato, feitas por peixes-rabo-de-rato enquanto se alimentam na lama representa uma recompensa após muitos anos de estudo minucioso das filmagens capturadas pelo Dtis.
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