Cientistas identificam inédito e preocupante efeito colateral da poluição do ar

De acordo com novas pesquisas, a poluição do ar pode provocar um impacto significativo no ciclo de vida das moscas. Entenda como isso nos afeta!

A poluição do ar está afetando as moscas de uma maneira surpreendente, alterando o processo de atração e acasalamento desses insetos.

Normalmente, moscas dependem fortemente de feromônios, que são substâncias químicas que permitem que machos e fêmeas se localizem e acasalem.

No entanto, o ar poluído acaba causando a interrupção da circulação desses feromônios, prejudicando a capacidade das moscas de identificar seus parceiros.

Especificamente, o aumento do ozônio no ar está afetando os feromônios, comprometendo sua função distintiva entre os sexos.

Uma descoberta recente revelou mais detalhes de como essa poluição ar pode ter efeitos abrangentes na vida e no comportamento das espécies, incluindo insetos essenciais para a polinização e a ecologia do ambiente, como é o caso das moscas.

Mais pesquisas são necessárias para entender completamente o impacto dessa interferência nos sistemas de comunicação e reprodução das moscas e em outros organismos, mas os dados colhidos até agora já são bastante alarmantes.

Os níveis de ozônio podem ser prejudiciais para as moscas

Os cientistas do Instituto Max Planck de Ecologia Química, na Alemanha, focaram os efeitos do ozônio na atração e no acasalamento das moscas.

Para isso, eles desenvolveram um experimento no qual recriaram níveis de ozônio semelhantes aos encontrados nas cidades durante o verão.

O objetivo da pesquisa era investigar o impacto do fumo do ar, como também é conhecida a substância, nos feromônios liberados pelas moscas.

Além de promovem a atração das fêmeas de moscas pelos machos,  os feromônios  possibilitam a repulsão de outros machos, garantindo um processo adequado de reprodução.

Os investigadores Nanji Jiang e Markus Knaden, responsáveis ​​pelo estudo, ficaram intrigados com o comportamento dos machos de moscas expostas ao ozônio.

Os cientistas perceberam que essa mudança de comportamento estava relacionada à incapacidade dos machos de distinguir corretamente os indivíduos do sexo oposto.

Essa descoberta tentou a hipótese de que a exposição ao ozônio afetou a capacidade das moscas machos de identificar moscas fêmeas e evoluiu em comportamentos inadequados de corte.

Anteriormente, os investigadores não haviam considerado essa possibilidade, tornando o fenômeno ainda mais intrigante.

Outros insetos podem ser impactados

Os efeitos dessa descoberta têm uma ampla sensibilidade, não se limitando apenas às moscas. Acredita-se que o ozônio pode afetar os padrões de muitos insetos, impactando sua comunicação e seu comportamento.

Quando o ozônio interfere na comunicação desses insetos, isso pode resultar em um desconforto nas relações sociais e nos comportamentos caóticos dentro dessas comunidades.

As abelhas podem ter dificuldade em coordenar suas atividades dentro da colmeia, as vespas podem ter problemas na organização de suas tarefas e as formigas podem enfrentar desafios na divisão de trabalho e na defesa de seus territórios.

Esse equilíbrio na comunicação pode levar a consequências prejudiciais para essas comunidades de insetos, afetando o papel deles na natureza.

Além disso, pode afetar a busca por alimentos, o cuidado com a prole, a defesa contra predadores e a eficiência geral das atividades dentro dos grupos.

Por fim, toda essa cadeia de descontrole pode acabar chegando aos seres humanos de alguma forma, afetando também determinados aspectos da nossa vida que estão relacionados aos insetos.

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