Com a forte onda de calor, motoristas de app cobram taxa para ligar o ar-condicionado; entenda

Diversos usuários de aplicativos como Uber e 99 têm reclamado que os motoristas estão cobrando mais para ligar o ar, mesmo com a forte onda de calor. Mas, isso está certo?

A onda de calor que assola o Brasil tem levado a uma situação curiosa nos serviços de mobilidade urbana por aplicativos — motoristas têm cobrado uma taxa via Pix para ligar o ar-condicionado.

Alguns condutores vêm adotando a prática de colocar plaquinhas com seus dados bancários e o valor da cobrança, que varia entre R$ 1 a R$ 5, dependendo do automóvel.

Internautas defendem a ideia de que a climatização deveria ser inclusa no preço da viagem, enquanto outros argumentam que o uso do aparelho aumenta o consumo de combustível, o que poderia exigir uma taxa adicional.

(Imagem: divulgação)

Com essa polêmica, surgiram comentários acerca do quanto os motoristas perdem para cada viagem feita com o ar-condicionado ligado.

As plataformas de aplicativos de mobilidade urbana muitas vezes repassam uma quantia relativamente baixa aos motoristas.

Isso tem levado os profissionais a esperar uma colaboração dos passageiros para cobrir despesas extras, como o uso do aparelho.

Motoristas de aplicativo perdem dinheiro no calor

Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), destacou que, no final do dia, a diferença entre usar ou não o ar-condicionado pode representar um acréscimo de R$ 15 a R$ 20 no bolso do condutor.

Embora alguns possam considerar essa quantia pequena, é importante lembrar que ela deve ser multiplicada pelo número de dias em que o profissional trabalha durante o mês.

Lima fez questão de destacar que, ao longo do período, os motoristas não conseguem encher completamente o tanque de combustível em até três ocasiões.

Isso resulta em uma considerável diferença na quantidade de corridas que um profissional consegue realizar ou nas oportunidades que deixa de aproveitar.

Ele enfatizou que tal prática é necessária devido às tarifas que estão consideravelmente defasadas e aos aumentos recentes no preço dos combustíveis.

Ainda segundo Eduardo Lima, apesar de todos os motoristas desejarem proporcionar conforto aos seus passageiros, as atuais condições financeiras não permitem que isso seja feito de maneira viável.

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