Cientistas reconstroem rosto da múmia mais antiga do mundo e descobrem algo

Os avanços da ciência forense permitiram a reconstrução facial de uma múmia de 2.000 de idade. Ela é a grávida mais "velha" já vista. Veja as outras descobertas.

Especialistas têm usado estatísticas, tecnologia e abordagens artísticas para reconstruir a aparência do corpo preservado de uma mulher egípcia de 2.000 anos de idade. O resultado criou duas hipóteses faciais. Estudos científicos também foram capazes de determinar a causa da morte: câncer.

Veja como a múmia grávida de 2.000 anos se parecia.

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Uma radiografia e uma tomografia computadorizada produziram uma autópsia digital que permitiu “ver” por baixo das bandagens e dentro do corpo preservado. O mesmo método que permitiu detectar o possível feto em seu útero em pesquisas anteriores. A pele escura e jovem e os olhos castanhos foram vistos em ambas as reconstruções.

como a múmia grávida de 2.000 anos atrás se parecia

Avanços da tecnologia da ciência forense

A cientista forense Chantal Milani nos lembra que reconstruções de rostos de pessoas que viveram há tanto tempo não devem ser consideradas como retratos exatos da aparência de um indivíduo, mas sim como uma aproximação artística. O crânio de cada pessoa, assim como outras estruturas anatômicas, tem detalhes, proporções e formas únicas que se manifestam nos tecidos moles, o que contribui para a personalização da aparência.

Segundo ela, o esqueleto facial fino, seguindo diferentes regras anatômicas, requer certos procedimentos padrões na reconstrução. Isso estabelece, por exemplo, a forma do nariz. A espessura do tecido mole em várias partes dos ossos é o fator mais significativo: com dados estatísticos de diferentes populações ao redor do mundo, é possível gerar uma boa aproximação de como era a mulher da antiguidade.

Conheça a múmia misteriosa

Os pesquisadores inicialmente pensavam que a múmia do século XIX era um sacerdote masculino. Em 1826, a Universidade de Varsóvia recebeu a múmia como um presente. Ela foi escaneada quase dois séculos depois. Graças a tão pouca informação que se tem sobre ela, a mulher foi apelidada de “Senhora Misteriosa”.

Os estudiosos estimam que ela tinha cerca de 20 anos de idade quando morreu de câncer. Ela é primeira múmia do mundo grávida de um feto de 28 semanas. Apesar disso, outros arqueólogos duvidam do achado, pois os ossos esqueléticos do feto não parecem estar presentes e não há uma forma corporal definida. Uma outra hipótese é de que o feto seria material de embalsamamento.

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