Como as redes sociais podem afetar o cérebro de jovens e adolescentes?
Para estes neurocientistas estadunidenses, as redes sociais podem deixar os adolescentes mais dramáticos.
Muito se discute sobre os efeitos a longo prazo de algumas plataformas na mente de jovens e adolescentes, visto que toda essa situação ainda é muito nova. Este novo estudo publicado no The New York Times buscou mapear qual seria o efeito das redes sociais no cérebro de pessoas dessa geração e chegou a resultados que chamaram a atenção.
Redes socias x mudanças na personalidade
Um grupo de neurocientistas da Universidade da Carolina do Norte buscou compreender quais seriam os efeitos das plataformas de redes sociais na mente de adolescentes. Para isso, eles reuniram cerca de 160 estudantes em idades entre 12 e 15 anos que, nesse contexto, estavam na idade de cursar entre a sexta série e o ensino médio.
No caso, esses jovens foram submetidos à observação dos cientistas que buscaram analisar o comportamento deles a partir da frequência de acesso ao Instagram, Facebook e outros. A partir disso, os cientistas categorizaram os adolescentes em três grupos. O primeiro era formado pelos usuários frequentes (15 acessos ou mais por dia), os moderados (até 14 acessos) e aqueles que checavam suas contas apenas uma vez.
Dessa forma, foi possível perceber que há uma diferença de comportamento muito grande entre os que tinham acesso frequente e os que raramente acessavam as redes. Segundo a pesquisa, adolescentes com mais contato com as plataformas tendem a ser mais dramáticos e aceitar menos os feedbacks dos amigos e parentes.
O que isso significa?
Para os pesquisadores, isso indica que os jovens desta nova geração e, consequentemente, adultos da próxima são mais suscetíveis às opiniões alheias. Ademais, eles são muito mais instáveis emocionalmente do que aqueles que apenas acessam as redes em ocasiões raras. Para os pesquisadores, isso pode ser muito alarmante!
O que vale ressaltar é que essa pesquisa não trouxe consigo um resultado quanto a todas as possíveis mudanças na estrutura do cérebro, contudo já há pesquisas sendo desenvolvidas nesse sentido. Como já mencionamos, ainda se sabe pouco sobre os efeitos das plataformas nas pessoas, dado que essa é a primeira geração com maior contato.
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