Policiais e hackers se juntam para combater crimes digitais

Essa aliança pode ser um passo importante para a mudança no combate de cibercrimes no Brasil.

Os criminosos que operam na Internet são uma carga de trabalho pesada para a polícia: eles sabem como escolher o alvo perfeito, sabem como cobrir seus rastros e desaparecem com dinheiro roubado e criptomoedas. Portanto, faz sentido que as autoridades trabalhem com aqueles que sabem: os próprios hackers.

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Como hackers podem ajudar a combater crimes?

Os hackers que vão ajudar os policiais são os chamados hackers white hat, ou hackers do bem. Isso porque eles têm muito mais autonomia e conhecimento no assunto do que a polícia.

Muitas vezes, para um perito, é o primeiro contato com esse mundo cibernético de criptomoedas e crimes relacionados a isso. Contudo, para um hacker, não tanto. Diante disso, essa união é necessária. Não é apenas um crime digital, que já é uma modalidade mais complexa, mas sim um que envolve bitcoins. Ou seja, o modus operandi da investigação é totalmente diferente.

Com isso, muitos profissionais estão mais interessados em se capacitar de alguma forma nessa área digital, para conseguir solucionar melhor os crimes e ter conhecimento para tal. Um investigador forense afirmou em entrevista que a falta de uma área especializada nesse assunto faria muita diferença.

Devolvam meu dinheiro

No entanto, ainda sem haver essa especialização da polícia, os crimes envolvendo bitcoin e outros ativos digitais estão surgindo – tome o esquema de pirâmide como exemplo. Ultimamente, as pessoas que praticam esse esquema estão usando justamente as criptomoedas para realizar sua atividade.

Outro fator relevante é que a maior dificuldade dessa história é conseguir a devolução do dinheiro para quem recebeu o golpe. Se torna muito difícil encontrar uma solução minimamente decente para devolver o dinheiro roubado. É necessário descobrir as formas de rastreio desse dinheiro virtual.

Aonde foi essa criptomoeda?

Por um lado, a polícia não tem formação. Por outro lado, faltam ferramentas para conduzir investigações de criptomoedas. Essas ferramentas ainda são relativamente novas, e as autoridades às vezes nem sabem delas.

É possível rastrear transações de bitcoin por meio de clusters, uma técnica para analisar transações entre diferentes carteiras. Além disso, essas ferramentas de pesquisa de bitcoin podem ser usadas para alterar alguns bytes e aplicá-los a moedas semelhantes, como Litecoin, Namecoin e Dogecoin.

A correção do éter é mais difícil, mas o blockchain do Ethereum tem algumas ferramentas. Fica pior ao lidar com criptomoedas “estranhas” como Iota e Stellar, porque não há ferramentas de investigação para elas. Ou seja, alguém precisa criar o software do zero ou monitorá-lo manualmente.

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