Pesquisadores desenvolvem ferramentas para evitar a ocorrência de erros de TI na área de saúde

Um novo projeto da Universidade de Coimbra (UC), em Portugal, denominado Biofeedback Augmented Software Engineering (BASE), sob liderança do cientista Henrique Madeira, que é professor do Departamento de Engenharia Informática da UC, permite a identificação de erros de informática em softwares.

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De acordo com o professor, os resultados da pesquisa demonstraram que, com o uso de ferramentas criadas com base na inteligência artificial, é possível detectar se um programador está apto a compreender as configurações do software que ele está lendo ou construindo, e, a partir disso, reduzir a ocorrência de erros, também conhecidos como bugs.

Neurociências, biomedicina, engenharia de software e inteligência artificial

A pesquisa é desenvolvida com a conjugação de diferentes áreas do conhecimento, e tem como fundamento a identificação das zonas que estão envolvidas no processo de erro de construção de um software e se o cérebro apresenta padrões de ativação quando um programador descobre um erro no software em que ele está trabalhando.

Com isso, após essa identificação, objetiva-se investigar o que pode interferir na atividade de programadores, como estados de estresse, fadiga ou distração, e quais ferramentas podem ser criadas para contribuir com o trabalho do programador e reduzir a ocorrência de erros em códigos ou softwares.

Muito se reclama da qualidade dos softwares, porém, Henrique Madeira, responsável pela pesquisa, afirma que o programador ainda não havia sido estudado, sendo que ele é considerado um elemento central na construção dos programas e softwares.

A ideia é tornar o ambiente de trabalho do programador, especialmente aquele que atua com desenvolvimento de softwares, dotado de novas estratégias e ferramentas criadas com base na inteligência artificial para indicar ao programador qual é o código que ele deve analisar com mais atenção.

O projeto BASE é um consórcio entre diferentes departamentos da Universidade de Coimbra e o Centro Politécnico de Milão, com financiamento de 239 mil euros, custeados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.