Conheça a história FASCINANTE da moeda que vale R$ 94 milhões

A moeda "Águia Dupla" foi criada na década de 30 e, devido sua origem e raridade, é uma das mais caras do mundo hoje.

Há algo mágico nas moedas que transcende seu valor nominal. Elas carregam pedaços da história, marcam momentos e, às vezes, valem muito mais do que podemos imaginar.

Recentemente, uma moeda de R$ 1 da Olimpíada Rio 2016 chegou a valer até R$ 20 mil para colecionadores no Brasil.

No entanto, o título da peça mais valiosa do mundo pertence a uma moeda rara dos Estados Unidos, leiloada por um espantoso valor de US$ 18,87 milhões (cerca de R$ 94 milhões) em junho de 2021.

Essa extraordinária moeda, feita de puro ouro e com quase um século de idade, desafiou as expectativas e conquistou o coração de colecionadores em todo o mundo. Mas o que a torna tão especial?

A história da Águia Dupla

A moeda em questão faz parte da série “Double Eagle” ou “Águia Dupla”, emitida pela Casa da Moeda dos Estados Unidos, sob o Tesouro. Curiosamente, tal série nunca chegou a circular, graças a um acontecimento histórico.

(Imagem: Getty Images/Reprodução)

Na década de 1930, o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, deu início ao fim da conversibilidade do dólar americano em ouro.

Isso marcou o fim de uma era em que as moedas de ouro eram utilizadas em transações cotidianas. Entre essas peças, a “Águia Dupla” se destacava como uma das mais valiosas.

A moeda apresenta uma mulher personificando a liberdade de um lado e uma águia voando do outro, uma obra do escultor americano Augustus Saint-Gaudens.

A “Águia Dupla” tornou-se a moeda mais valiosa do mundo na época, superando até o dólar de prata “Flowing Hair” de 1794, vendido por 10 milhões em 2013 (R$ 49,8 milhões na cotação atual).

O mistério das águias desaparecidas

Embora tenham sido cunhadas cerca de 445 mil moedas de Águia Dupla, a maioria delas foi derretida.

No entanto, cerca de 20 moedas misteriosamente desapareceram da Casa da Moeda dos EUA. Alguns desses exemplares surgiram no mercado de colecionadores antes de serem apreendidos pelos serviços secretos dos EUA.

Curiosamente, uma das “Águias Duplas” fez parte da coleção numismática do rei Farouk do Egito, o que adiciona um toque de realeza à sua história.

O designer e a jornada da moeda

A história desse item único continuou quando foi comprado em 1995 por um colecionador britânico. Após uma batalha legal de cinco anos, ele foi autorizado a revender a peça legalmente em 2002 para o designer americano Stuart Weitzman por US$ 7,9 milhões (R$ 39,7 milhões).

Posteriormente, Weitzman recebeu um certificado de monetização da Casa da Moeda dos Estados Unidos, transformando a peça em um objeto oficial do país.

Weitzman, famoso designer de calçados, também é um colecionador ávido. Ele montou uma coleção única que inclui não apenas a “Águia Dupla”, mas também o famoso selo “One Cent Magenta” de 1856, considerado o mais raro do mundo, pertencente à ex-colônia britânica da Guiana.

O valor da história e da raridade

A moeda e o selo possuem valor histórico inestimável. A numismática, ciência que estuda moedas e medalhas, é uma paixão para muitos especialistas, e tais objetos raros são tesouros que transcendem o dinheiro.

Sua raridade, idade e, em alguns casos, erros de cunhagem, como na famosa moeda de um centavo de 1856, adicionam camadas de valor que vão além do preço.

Essas relíquias continuam a intrigar e encantar colecionadores e amantes da história em todo o mundo, lembrando-nos de que, por trás de uma simples moeda, pode haver uma narrativa incrível e um valor que transcende a imaginação.

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