Apesar da forte resistência, a Coreia do Sul avança em relação aos direitos LGBTQIA+

Em recente decisão histórica, a Justiça da Coreia do Sul reconheceu pela primeira vez direitos de casais homoafetivos.

Apesar da causa da igualdade sexual já ter certo peso na maioria dos países do ocidente, o mesmo não pode ser dito de países como a Coreia do Sul. Afinal, trata-se de um país com uma forte tendência conservadora na política e nos costumes. Ainda assim, especialistas notam certo avanço dos direitos LGBTQIA+ na Coreia do Sul, mesmo que a passos lentos.

O avanço da igualdade sexual na Coreia do Sul

Na última terça-feira, 21, uma decisão histórica da justiça da Coreia do Sul trouxe um ar de esperança para a comunidade LGBTQIA+. Isso porque, pela primeira vez na história, o país reconheceu uma relação homoafetiva como válida.

No caso, o processo ia de encontro ao Serviço Nacional de Seguro de Saúde do país, que não reconheceu a união afetiva de um casal.

Segundo o Korean Times, o sul-coreano So Seong-wook processou o NHIS por retirar do plano de saúde o seu parceiro, após a descoberta de que eles eram um casal gay. Assim, So recorreu à justiça que, inicialmente, negou o pedido, mas o Supremo Tribunal do país exigiu o reconhecimento da união e a reinserção no plano de saúde.

Esse certamente é um passo importante que demonstra como o jurídico Sul-Coreano já articula formas de ajudar os casais homoafetivos no país. Ainda assim, existe uma barreira muito grande que vem, principalmente, do setor conservador do país.

Por exemplo, a religião cristã, católica e protestante, ainda exercem grande influência sobre a nação.

A vida de pessoas LGBTQIA+ na Coreia do Sul

Nos últimos anos, aumentaram as denúncias de violência que pessoas LGBTQ+ sofrem no país. Em parte, isso se deu após o escândalo da pena de prisão para soldados sul-coreanos que tiveram relações sexuais.

Na época, a justiça chegou a comparar o sexo entre dois homens como um estupro.

Ademais, o crescimento da cultura K-POP no cenário internacional também motivou a fala dos que sofriam violência. Em 2018, o grupo fenômeno sul-coreano BTS discursou na ONU e disse ser preciso erguer a voz “não importando a identidade de gênero”.

Ainda em 2023, o país restringe casamentos homoafetivos e não reconhece casais LGBTQ+.

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