Coronavírus: 16 milhões de pessoas são isoladas na Itália

O surto do coronavírus não cessa e a doença se prolifera por diferentes continentes. Diante disso, novos desdobramentos foram apontados ao longo desta semana na Itália, o país europeu mais afetado pela epidemia.

Em decorrência da piora, o governo decidiu tomar uma medida drástica e isolar a população italiana, incluindo a região da Lombardia e a capital Milão. Sendo assim, a partir de segunda-feira, 9 de março, até o dia 3 de abril, 16 milhões de pessoas ficarão em quarentena.

As medidas se enquadram em mais 14 províncias, levando até ao fechamento de Veneza. Estabelecimentos comerciais, tais como boates, cinemas e museus estão fechados; igrejas e restaurantes necessitam distanciar bancos e mesas. Os eventos esportivos foram suspensos e os jogos do campeonato nacional de futebol acontecem sem público.

Impactos da quarentena

Os impactos do isolamento diante da economia ainda são imprecisos. O índice local FTSE MIB abaixou 11% na manhã da segunda-feira, 09 de março. Milão, local com maior número de epidemia é também o principal centro financeiro da nação.

Além disso, é questionável se os italianos, tradicionalmente habituados a desprezar regras de burocracia governamental, irão realmente seguir as novas normas. Como pode-se observar, minutos depois do anúncio do isolamento, na tarde de sábado, milhares de moradores de Milão se destinaram a demais regiões do país.

As regiões da Região Sul do país, como Calábria, Puglia e Sicília, agora temem que esses moradores cheguem, isso para evitar o contágio e o pânico entre as pessoas. Para sensibilizar a população, o governo criou a hashtag: #estouficandoemcasa.

Panorama geral do coronavírus

O número de casos de coronavírus na Itália é preocupante, estando situado como o terceiro país em quantidade de infectados. Atrás apenas da China e da Coreia do Sul, já são mais de 7 mil casos confirmados, com mais de 360 mortes.

A quantidade de casos confirmados de coronavírus no Brasil subiu de 19 para 25 no domingo, 08 de março. Os doentes estão presentes em sete estados: São Paulo (16), Rio de Janeiro (3), Bahia (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Alagoas (1) e Distrito Federal (1).

No mundo todo são mais de 110.000 casos, totalizando 3.840 mortos, outros 62.000 conseguiram a recuperação.

* Com informações de Exame.

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