Correios nega que centro em Curitiba é exclusivo para pacotes da China

Empresa de redirecionamento de encomendas informou a um cliente que o centro de distribuição dos Correios em Curitiba é exclusiva para receber pacotes da China.

Na última quinta-feira, 23, uma empresa internacional de redirecionamento de encomendas, Fishifast, informou a um cliente que o centro de distribuição dos Correios em Curitiba teria se transformado para receber exclusivamente  os pacotes que viessem da China. Você acredita nessa hipótese? Entenda essa história.

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“Sem nenhuma notificação prévia, os Correios redirecionaram as encomendas originadas dos EUA e que deveriam ser processadas em Curitiba, para a linha de processamento de São Paulo e Rio de Janeiro. Isso é uma medida dos Correios & Receita Federal no momento, independe de nosso serviço. Apenas encomendas originárias da China estão sendo processadas em Curitiba, visto o volume (6 milhões de encomendas por mês). Não existe previsão de normalização”, apontou a Fishifast.

Entenda o caso

Por causa desta medida que veio à tona apenas agora, a taxação de produtos vindo de fora aconteceria com maior frequência. Segundo a empresa internacional, esta nova medida seria por conta da época de festas do final de ano.

“Isso se dá devido ao momento de “pente-fino” realizado pelos Correios/Receita Federal nesta época do ano, alta temporada (outubro a janeiro); entretanto, este ano os Correios e a Receita Federal estão mais rigorosos. Não só na tributação como na distribuição das encomendas.”

O envio mais popular entre os clientes e lojas é o ePacket. Este provavelmente será o envio mais afetado por esta nova medida. Independentemente do que possa acontecer agora, as compras vindas de outros países podem ser extremamente afetadas, ou seja, podem levar mais tempo para chegar ao endereço final da entrega. Além disso, pode haver uma taxa maior sobre as encomendas feitas.

Pronunciamento oficial dos Correios 

Após estas declarações serem feitas pela Fishifast e os comentários tomarem grandes proporções, a assessoria de imprensa dos Correios resolveu emitir uma nota de esclarecimento em relação às informações.

“Os Correios esclarecem que a informação divulgada é inverídica. Os três centros internacionais da empresa – Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP – recebem cargas de todo e qualquer país, não havendo especialização ou distinção”, disse a empresa em nota.

“Esclarecemos ainda que os Correios não têm atribuição legal para atuar na fiscalização aduaneira de remessas postais internacionais. Essa competência é da Receita Federal do Brasil e dos órgãos anuentes nos casos previstos em lei. São exemplos de órgãos anuentes a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).”

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