Criminosos usam certificado digital de juiz para desviar R$ 4 milhões do TRT

Juiz do TRT/RJ tem assinatura digital fraudada por criminosos que desviaram R$ 4 milhões em seu nome.

Na penúltima quinta-feira, 10, os criminosos invadiram o sistema de repasses do Tribunal Regional do Trabalho e utilizaram oito alvarás eletrônicos fraudulentos, que foram emitidos na 80ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Com eles, os bandidos desviaram uma verba de R$ 4 milhões. Esse grupo se utilizou do certificado digital (espécie de assinatura eletrônica) do juiz titular da vara. Veja mais sobre o golpe milionário no TRT/RJ.

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Golpe milionário no TRT do Rio de Janeiro

A Desembargadora Presidente do TRT-1, Edith Tourinho, emitiu na última terça-feira, 15, um ofício informando que oito alvarás fraudulentos foram emitidos no dia 10 de novembro na 80ª Vara do Trabalho. Para isso, o grupo de criminosos utilizaram as credenciais do juiz titular. Os valores somados do alvará ultrapassam R$ 4 milhões.

Saiba o que o TRT/RJ fez para impedir mais ações criminosas.

Medidas para evitar novas fraudes

O Sistema de Interoperabilidade Financeira, ferramenta ligada à Caixa Econômica Federal, que facilita os depósitos judiciais e ordens eletrônicas de pagamentos e o Sistema de Controle de Depósitos Judiciais, ligado ao Banco do Brasil, foram todos paralisados. Dessa forma, está proibida – desde o dia em que a fraude foi constatada – a expedição de novos alvarás judiciais. Eles continuam desativados até que todos os considerados suspeitos sejam descobertos e a investigação seja concluída.

Informações conhecidas sobre a investigação

Segundo os dados publicadas no ofício emitido pela desembargadora, cerca de 17 certificados digitais de procedência duvidosa já foram identificados. Além disso, foi constatado oito alvarás fraudulentos. O repasse foi feito para um CNPJ emitido nos últimos meses. Mais investigações acerca dessa ocorrência também serão feitas.

Sistema não foi invadido

Não se trata de uma ação de invasão ao sistema do TST, mas sim de falsidade ideológica. Trata-se de uma falha de segurança nas certificadoras responsáveis por criar o certificado eletrônico fora da Justiça do Trabalho.

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