Cuidado! O perfeccionismo pode atrapalhar a sua liderança
Pode parecer um traço de personalidade interessante para um líder, mas nem sempre o perfeccionismo é bem visto dentro das organizações.
Pode parecer um traço de personalidade interessante para um líder, mas nem sempre o perfeccionismo é bem visto dentro das organizações. Isso pode ser entendido como uma forma não eficaz de lidar com os desafios do trabalho, pois geralmente leva ao atraso de processos e ainda gera um desgaste desnecessário por parte da equipe envolvida.
É certo que no ambiente de trabalho passamos por diversas exigências e preocupações em praticamente tudo que somos submetidos a realizar. Até aí a situação é normal. Porém, quando há os excessos, o profissional pode apresentar características negativas e atrapalhar o desenvolvimento do trabalho pretendido, tanto de si mesmo quanto dos colegas.
Para quem não sabe, o perfeccionismo é considerado um distúrbio neurótico em que a pessoa se mostra constantemente insatisfeita com seu desempenho e em dúvidas sobre a qualidade de seu trabalho. Os principais comportamentos são escrupulosidade, verificações de pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessiva, o que prejudica sua pontualidade e eficiência.
De acordo com o jornal “The Boston Herald”, o perfeccionismo é encarado como a “fobia de cometer erros” e leva muitos líderes a questionarem suas próprias competências quando algo sai diferente do esperado. Por sua vez, outras pessoas o vêem como sinônimo de sucesso, sem saber que pode causar baixa produtividade.
O fator positivo do perfeccionismo está ligado à qualidade e excelência de seus trabalhos. Geralmente são os melhores e os mais premiados. Por outro lado, a busca pela perfeição exige uma grande carga emocional e física, pois é comum que uma mesma atividade seja repetida inúmera vez, até chegar a um nível considerado “aceitável”.
Deste modo, surge a pergunta: Qual o limite do perfeccionismo do líder? A partir do olhar da equipe, o limite está diretamente relacionado à tolerância das pessoas envolvidas. Depende ainda, das condições das relações interpessoais e dos resultados e desempenho das equipes para alcançarem as metas propostas.
Outra pergunta que surge é: Como essas características podem ser melhoradas para manter o equilíbrio no trabalho? Para que isso aconteça, é importante que sejam adotadas atitudes simples eobjetivas. Dentre elas, deixar de achar que está o tempo todo com a razão ou retomar conquistas anteriores para auto valorizar-se. Quando o foco é atingir o resultado planejado, é fundamental criar metas que realmente possam ser atingidas. Tente esclarecê-las bem e esteja aberto a ouvir as contribuições da equipe para aumentar o rendimento do trabalho.
Além do que já foi mencionado, o líder ainda têm que aprender a lidar com pessoas das mais variadas personalidades, inclusive os descolados. Segundo Ramy Arany, terapeuta comportamental consciencial e co-fundadora do Instituto KVT, é preciso que o perfeccionista compreenda que a maneira como esses colaboradores desempenham o seu trabalho é diferente da sua e nem por isso devem ser julgados.
Deste modo, a prática da flexibilidade se torna um bem essencial. Outras características, como a paciência e atenção, também são indicadas para manter o foco do trabalho e dividir tarefas de tal forma que tenha condições de controlar o tempo e a qualidade do trabalho de todos os envolvidos no processo.
Com tudo que foi abordado até então, o líder, seja da família, igreja, escola ou organização, deve ser o responsável pela produtividade da equipe. Lembre-se que as suas atitudes podem trazer consequências negativas tanto para si, quanto para as pessoas que estão a sua volta, a espera do seu comando. Portanto, fique atento com o perfeccionismo e não aceite que ele atrapalhe ou comprometa a sua liderança.
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