'Dedo de Deus': tática é usada por motorista de aplicativo para não aceitar corridas

Os motoristas de aplicativo de transporte estão usando um macete que fere os termos de uso da plataforma para não realizar corridas de baixo valor ou indesejadas

Nesta semana, viralizou nas redes sociais um vídeo de um motorista de aplicativo burlando o sistema da Uber. As imagens mostram um parceiro da plataforma usando uma tática para evitar corridas indesejadas, sem sofrer queda na sua taxa de aceitação da Uber.

Basicamente, o vídeo de poucos segundos mostra como uma caneta para touchscreen e uma pequena vassoura foram usadas para pressionar a tela quando uma nova corrida aparece como notificação. Com o uso da gambiarra, o motorista simula que está aceitando a corrida enquanto a chamada aparece, mas ele não irá realizar a corrida.

A prática é chamada de “Dedo de Deus” e os motoristas estão fazendo isso para evitar prejuízos em suas taxas de aceitação, segundo Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (AMASP).

(Imagem: Reprodução/Instagram @marceloforadacurva)

Entenda como funciona a Taxa de Aceitação da Uber

De acordo com os termos de uso da plataforma de transporte, a taxa de aceitação é um percentual das viagens do motorista. O cálculo é feito entre o número de viagens aceitas pelo motorista e o número de viagens que ele recebeu.  

Por exemplo, se um motorista realizou 85 viagens das 100 que foram recebidas, a taxa é de 85%. Assim, fica estabelecido o percentual da taxa nos últimos 30 dias nos quais o motorista realizou o serviço.

Caso ele recuse frequentemente as corridas, o sistema contabiliza de forma negativa, gerando um percentual inferior. Uma taxa de aceitação baixa pode gerar redução na oferta de corridas e das corridas de maior valor.  

Por isso, os motoristas usam a tática “Dedo de Deus” para burlar o sistema quando não querem realizar corridas que, segundo eles, não compensam. Eles enganam a Uber ao fingirem que aceitaram a corrida que lhes foi notificada e, assim, podem escolher as corridas mais vantajosas.

De acordo com o presidente da Amasp, a prática infringe os termos de uso da plataforma Uber e é passível de banimento. Já a Uber informou em seu portal que ter uma taxa de aceitação baixa gera a inelegibilidade às promoções exclusivas da empresa.

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